Páscoa a perigo
Quem vai aos supermercados aqui em Tapera – e acredito que isso esteja acontecendo em todo o Brasil – deve ter notado que o espaço dedicado aos ovos de Páscoa foi reduzido drasticamente, havendo diminuição das opções (sabores) e da quantidade de itens.
E por que essa “escassez”? Simples! O preço desses produtos está pelos olhos da cara, principalmente, se formos levar em consideração o preço da cesta básica – como se, ao invés de chocolate, tivesse ouro dentro deles. Perceba que a inflação não anda poupando nem os negócios do Coelhinho.
E, por conta disso, nesse ano, o pessoal estará buscando outras alternativas para adoçar a sua Páscoa, em substituição aos tradicionais ovos industriais. Uma delas são os populares “ovos de colher”, feitos artesanalmente e que podem ser produzidos a gosto do próprio consumidor, com o recheio e os confeitos desejados.
É uma chance de economizar e, ainda, apoiar os pequenos comerciantes, o que também contribui para girar a economia local.
E, além disso, já ouvi gente dizendo que está produzindo os ovos de chocolate em casa, com até 75% de economia. Que tal?
É a crise modificando os hábitos de consumo dos brasileiros, até mesmo nas datas comemorativas mais tradicionais e de maior lucratividade.
O que já era caro ficou um absurdo.
Aqui em casa, o coelho da Páscoa morreu do vírus chinês ainda no ano passado…
Quem disse que a páscoa é o coelho e ovos? Se o verdadeiro sentido da pascoa fosse respeitado, ela nunca estaria a perigo.