Blog do Sarico

Coringas 7.0


Nesta terça-feira (19/03), o Grupo de Bolão Feminino Coringas, de Tapera (RS), estará completando 70 anos de atividades.

O grupo pratica um dos esportes mais antigos integrados à nossa cultura pelos imigrantes alemães. É uma forma de lazer, entretenimento e confraternização entre jogadoras e entre grupos da região. Essa prática esportiva se mantém ativa nestes anos todos e houve interrupção apenas em alguns meses de 2020 e 2021, em razão da pandemia.

Segundo pesquisa feita nas atas da equipe, o nome Coringas surgiu devido ao fato de que, sempre que faltava alguma jogadora ou do grupo adversário, especialmente de casais, era convocada uma atleta “coringa”.

O grupo, que nasceu no Clube Aliança, onde hoje está a Feira do Produtor, jogou lá por vários anos. Mais tarde, devido a Afuco ter instalado uma cancha com recolhimento de pinos automáticos, dispensando a utilização de armadores, decidiu-se pela transferência para lá. Tempos depois, devido a problemas estruturais e elétricos no local, o grupo decidiu transferir-se para a Sociedade Recreativa Sempre Unidos, em Lagoa dos Três Cantos, onde realiza os seus jogos e treinos, toda terça-feira, às 19h.

Atualmente, integram o Coringas 24 jogadoras e são disputadas partidas com grupos de Ibirubá, Alto Alegre, Tio Hugo, Selbach, Não-Me-Toque e outros municípios da região.

A comemoração dos 70 anos está acontecendo com diversas partidas com grupos de bolão da região.

Neste mês de aniversário, a equipe vai inaugurar seu novo terno de camisetas alusivos aos 70 anos.

O grupo, ao longo destas décadas todas, teve várias integrantes, sendo que algumas já partiram e outras estão por aí, mas fora da equipe e que lembram com carinho e saudosismo da sua participação nele.

A atual diretoria do Coringas:
– Presidente: MELITA INEZ GATTO
– Vice-presidente: ELIZA KERN
– Secretária: JAQUELINE COLLERAUS
– Tesoureira: CARMEN BATISTELLA
– Treinadora: ELENA CORAZZA
– Capitã: VERA RODRIGUES

PRIMEIRO JOGO – Verificando os arquivos da equipe na Afuco, em um deles foi encontrado o livro dos jogos e nele a primeira partida do Coringas, realizada no dia 24 de março de 1954. E no grupo estavam: Dorva Gonçalves, Elaine Siega, Gertrudes Grünn, Ida Bonatto, Laila Steffens Cortez, Leonor Bervian, Luli Mombelli, Iria Steffens, Lydia Mombelli da Fonseca (escritora) e Siria Theis. A campeã ficou Gertrudes Grünn com 87 pinos e a ursa Siria Theis com 27.

QUATRO GERAÇÕES – Chama atenção também que a Gertrudes Grünn é bisavó da atleta Eliza Kern, que por sua vez é filha da Arlita Kern (nora) e neta da Gremilde Kern, sendo que todas jogaram e jogam no Coringas.

Pois, o grupo Coringas tem a ver com a minha família. A nossa mãe, Tecla, integrou a equipe lá nos anos de 1960/1970, quando os jogos eram realizados na cancha do Clube Aliança, bem na nossa rua. A mãe não era uma boa jogadora e seguidamente ficava ursa nos treinos. Não jogava nada, mas fazia muito barulho quando era sua vez de jogar, e aquilo ajudava a alegrar o ambiente. Eu a acompanhei várias vezes nas noites de treino e algumas vezes ajudei a armar os pinos na falta de um armador e em troca eu ganhava uma Minuano (refrigerante de limão) e um cachorro-quente. Naquela época, para se ter uma ideia, a equipe raramente fazia jogos pois havia poucas equipes femininas de bolão na região.

A diretoria do Coringas convida quem tiver interesse em integrar o grupo e participar dos treinos que entre em contato com suas integrantes e vá fazer parte da longa e bela história do Coringas de Tapera, lembrando que o município completará 70 anos como tal no ano que vem.

da Coringas

Todos os presidentes da ACIT


No último dia 15, a Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Prestação de Serviços de Tapera (ACIT) completou 67 anos. A mesma foi criada dois anos após a emancipação do município.

E três anos depois da sua fundação a entidade parou por 12 anos, sendo reativada em 1972, para nunca mais parar e para cumprir importante papel em favor de seus associados e também do município.

Ao longo de todos estes 67 anos a ACIT foi comandada por 26 pessoas:
JOÃO MAXIMILIANO BATISTELLA – 1957 a 1960
CLAUDIO FRACARO – 1972
RENATO ALFREDO PLETSCH – 1973, 1977, 1978 e 1982
ANTÔNIO HENRICH, o “Antoninho” – 1975
ARMINDO PEDRO RIZZI (Joalheria Aliança) – 1979, 1980, 1983, 1984 e 1987
JOÃO MOISES DE CASTRO – 1985
CAIO RUI RIBEIRO – 1986
VALDECIR LUIZ ECKER, o “Magrão” (Vida Farmácia) – 1988 e 2007
GILBERTO JACOBY (Jacoby Tintas) – 1989 e 1990
RICARDO MOMBELLI – 1991, 1992, 1996 e 1997
ALVARO CORAZZA – 1993
JOSÉ TEODORO KUNZLER, o “Zé” (Escritório Contábil Kunzler) – 1994, 2010 e 2022
PAULO CELSO MORAES DA SILVA – 1995
JORGE BERVIAN – 1998
LORACI SEIBEL GROTTO (Colibri) – 1999
DOUGLAS ORTH – 2000
EVANDRO PASTÓRIO – 2002
RICARDO MALDANER (Rima Informática) – 2003
JAIRO FERREIRA – 2004
ALMIRO DECIO KROMBAUER (Aleana) – 2005, 2006, 2008
AGOSTINHO MOACIR PRETTO (Gráfica Taperense) – 2009
RENATO GEHLEN (Auxílio Soluções Contábeis) – 2011
LICIENE MARIA CIPRANDI (Padaria Dona Elza) – 2012, 2013 e 2021
ZAIRA MARIA ANGHINONI (Tesserê) – 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019
ROGÉRIO PINHEIRO, o “Pinha” (JP Materiais de Construção) – 2020
JAIMIR DE LAZARI, o “Bidio” (Skina Lanches) – desde 2023.

Pensamento do Dia


“O bem mais caro do mundo é a confiança. Ela leva anos para ser conquistada e pode ser perdida em questão de segundos”.

Desconheço a autoria.

História da telefonia em Tapera


A telefonia chegou em Tapera no dia 20 de novembro de 1958, três anos após a sua emancipação. E já no primeiro ano como município, o prefeito Dionísio Lothário Chassot deu início às tratativas junto à Companhia Telefônica Nacional (CTN), que anos mais tarde viraria Embratel e depois Telebrás, no sentido de que Tapera tivesse telefone para que houvesse uma comunicação mais rápida sem a necessidade de deslocamentos para outros municípios.

No começo, foram instalados apenas 20 aparelhos, que eram caros, diga-se de passagem, e poucos conseguiam adquirir um; depois vieram mais 30, depois 50, mais 50 depois e o número de aparelhos foi aumentando paulatinamente.

A primeira equipe de funcionárias da telefônica local era composta pela Judith Henrich (gerente) e sua irmã, Terezinha. Elas ficaram à frente da mesma de 1958 até 1966. Um ano antes, em 1965, havia sido criada no Estado a Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT).

Em 1966, assumiu a nova equipe de funcionárias, tendo Lilian Rosa Erpen Utteich como gerente e como auxiliares Terezinha Mânica e Miraida Viero, até 1974.

Mais tarde, uma nova equipe assumiu os trabalhos comandada pela Lilian, que tinha agora Liane Simon, Marisa Pasetti, Sirlei Zanatta e as irmãs Juraci e Maridete, cujos sobrenomes não é lembrado. Neste tempo, Tapera tinha em torno de 400 telefones.

A primeira telefônica funcionou numa casa de madeira que ficava na Avenida XV de Novembro, entre o prédio dos Bervian, onde está hoje a Kipresentes, a Palladio, e outros, e a antiga Prefeitura, onde hoje está o Centro de Eventos. O posto ficava na frente dela e nos fundos residia a Lilian com a sua família.

E a evolução das comunicações foi acontecendo. Em 25 de outubro de 1980 foi lançada a pedra fundamental do novo prédio da CRT que traria para Tapera os sistemas automáticos de ligação, sem a necessidade de pedir auxílio às telefonistas. Mas, o DDD (Discagem Direta à Distância) e o DDI (Discagem Direta Internacional) entraram em operação somente em 1984, naquele prédio onde está hoje a Agrotop Brasil, na mesma avenida, ao lado do Banrisul. Sem necessidade de telefonistas elas foram transferidas para Porto Alegre e Passo Fundo. Algumas preferiram se demitir da empresa por estarem casadas.

As telefonistas, que se revezam no trabalho 24 horas por dia, sentavam em uma mesa repleta de plugs usando fones de ouvido e aguardando as chamadas dos assinantes. No começo, a pessoa tirava o telefone do gancho e batia nele para acionar a servidora que ouvia o número desejado e fazia a chamada utilizando os plugs e um discador. As chamadas na cidade aconteciam na hora, mas as para fora demoravam um certo tempo. As ligações naquele tempo eram bem complicadas.

As mulheres enlouqueciam quando o pessoal batia demais no gancho do telefone porque dava um barulho muito grande nos ouvidos delas. E, educadamente, elas reclamavam da ação.

Lembro que em 1975, quando entrei no Tapera Bureau, que ficava ali onde está o prédio do Escritório Ritter, eu chegava às 07h30 para entregar as fichas do então INPS, hoje INSS, ao pessoal que esperava na fila para consultar, mas, antes de fazê-lo, eu pedia a telefonista uma ligação ao INPS, em Carazinho. A mesma era completada após às 11h. Havia dias em que a ligação não era completada. Imagine como era a situação naquele tempo se comparado com hoje, com a telefonia celular.

Quem não tinha telefone em casa precisava se deslocar até a telefônica e pedir a ligação. Depois das 20h elas eram mais baratas e a procura era maior, principalmente quem tinha familiar ou parente morando fora de Tapera. Imagina ter de esperar para fazer um contato. A pessoa pedia a ligação e aguardava pacientemente até ser chamada, pois havia fila e a ligação demorava. Quando ela era completada a pessoa se dirigia a uma cabine fechada com vidro na sua frente para falar. Após era cobrado o serviço, que não era barato. Algumas pessoas tinham sorte do seu vizinho ou um parente ter telefone em casa. Mas, a ligação era cobrada no final do mês. E os familiares ligavam para aquele número e a pessoa ia até a casa comunicar a vizinha ou parente de que havia uma ligação para ela. Imagina fazer isso hoje em dia.

Na antiga telefônica ou CRT, havia uma única cabine para atender a população. Já na nova elas eram três. Quando a Xmaster entrou no prédio as cabines ainda estavam lá, lembro.

Segundo a Lilian Utteich, testemunha viva dessa história e que me passou preciosas informações a respeito da telefonia no município, havia três empresários que deixavam as telefonistas loucas pelo excesso de ligações que pediam todos os dias e as xingavam pela demora das mesmas. Era normal os três “encomendar” ligações para o dia seguinte. Um deles era do ramo da construção civil, o outro de sementes e o terceiro do transporte, que nunca tinham paciência, segundo ela.

De acordo com a Lilian as ligações demoravam por uma série de motivos, que iam desde equipamentos até as condições climáticas. “Quando chovia ou ventava a coisa ficava feia para nós pela reclamação do pessoal”, disse ela.

Hoje, na hora que quiser e em qualquer lugar do planeta, você faz uma ligação para qualquer lugar dele e fala na hora.

A título de informação. Neste dia 10 de março comemorou-se o Dia do Telefone.

A dengue avança pelo mundo


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) quase metade da população mundial corre risco de contrair a doença. Como podemos ver, a dengue está tomando conta do planeta não levando em conta o PIB de cada país.

E a questão toda é cada pessoa cuidar do seu terreno não deixando o mosquito transmissor se criar. É só cuidar a água parada. TODOS.

A dengue está matando e dizem que a sua dor é pior do que a da Covid 19. Agora, já pensou vivermos mais um inferno como foi com a Covid? E a dengue também está matando.

Vamos cuidar da nossa propriedade e não deixar o mosquito se criar em água parada. Vamos nos proteger uns aos outros. Precisamos combater a doença.

PT escala o STF


Com a posse de Flávio Dino, o Supremo Tribunal Federal passou a ter sete dos 11 ministros indicados pelo PT.

As nomeações de cada presidente:
– LULA (4) – Carmen Lúcia (primeiro mandato), Dias Toffoli (segundo), Cristiano Zanin e Flávio Dino (primeiro ano do terceiro).
– DILMA ROUSSEFF (3) – Edson Fachin, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso.
– JAIR BOLSONARO (2) – André Mendonça e Kássio Nunes Marques.
– FHC (1) – Gilmar Mendes.
– MICHEL TEMMER (1) – Alexandre de Moraes

Esse PT não é fácil.

Agora, o Brasil espera que o Supremo atue tão somente no cumprimento da lei e não por paixão ou agradecimento.

Instituto Imaculada de Tapera vai comemorar o seu cinquentenário de escola pública


Neste ano, o Instituto Estadual de Educação Nossa Senhora Imaculada de Tapera (RS) completa 50 anos como escola pública. O educandário, que já se chamou Escola Nossa Senhora Imaculada, pertencente às freiras, tem bem mais do que 50 anos. Na verdade, pela sua história toda tem 91 anos.

Conversei com a diretora do educandário, a professora Luciana Rizzi, para saber se fariam alguma comemoração deste cinquentenário e ela me disse que sim e que me encaminhará em breve toda a programação.

Segundo ela, a Escola vai reunir as suas equipes diretivas destes 50 anos num chá a ser realizado no próximo dia 19 (terça-feira), às 15h, na Padaria Dona Elza. E, pelo que ela me falou, muita gente que passou pela Escola vai estar presente para contar histórias suas e da Escola e ainda dar o seu testemunho do belo trabalho feito aqui em Tapera pelo Imaculada pela Educação. E neste chá ainda, será feito o lançamento das memórias do Imaculada.

Em julho, no dia 05, data dos 50 anos a serem comemorados, a Escola promoverá um jantar em local ainda a ser definido. Também, que tem um projeto de lançamento de um jornal interno e, para isso, promoverão um concurso, também interno, para criação do seu nome e logomarca.

Soube que em 1976, um grupo de estudantes criou o jornal Gazeta Estudantil. E que tem exemplares dele por aí ainda.

Este jornal estará na história da comunicação em Tapera que estou produzindo e está quase pronto para ser publicado.

A título de informação. O Imaculada foi criado em 1933, quando Tapera pertencia a Carazinho, pelas freiras da Congregação Sagrado Coração de Jesus. Em 1974, o Estado encampou a Escola. Esta história eu também contarei depois.

Vamos aguardar as comemorações destes 50 anos de escola pública do instituto imaculada de Tapera que promete.

Só para constar. Eu fui aluno do Imaculada nos anos 1970/1980, assim como meu pai e mãe nos anos 1930/1940, com as freiras.

Mais um acidente na Rui Barbosa


a manhã desta segunda-feira (11/03), estava eu na redação do JEAcontece, quando ouvi o barulho de uma batida na esquina da Igreja. Fui para fora e vi um carro parado e uma moto deitada. O motorista do carro saiu correndo e ajudou a condutora da moto a se levantar. Ao que parecia ela estava bem. Ele então a pegou, colocou no carro, e a levou ao hospital para uma avaliação médica.

O carro invadiu a preferencial, sendo que seu condutor não viu a moto, e a motoqueira não imaginou que o carro poderia avançar a preferencial. Felizmente tudo não passou de um susto e uma despesa que deverá ser bancada por um dos dois condutores nos dois veículos, que deverão se acertar.

Agora, esse cruzamento aqui da Rui Barbosa com a Tiradentes é uma pista de corrida. Só quem trabalha ou mora por aqui sabe do que falo. Do quebra-molas da Loja Melita até o do Hospital, o pessoal pisa fundo e isso é com moto, carro, caminhonete e até caminhão. Até que está demorando para dar uma porcaria grande ali.

E, para piorar, nossas esquinas são um sufoco. Quem quiser entrar na preferencial precisa colocar metade do carro na via para ver se vem carro e só então avançar. Claro, torcendo sempre para quem vem na preferencial não venha distraído ao volante.

Sem falar que alguns da nossa gente não respeita faixa de segurança e não usa o pisca.

Bem complicado trafegar em Tapera, motorizado ou a pé.

Certeza na vida


Da idade não tem como escapar. E ela não demora muito para chegar. Quando você vê você está na terceira idade.

E a certeza da idade avançada é o surgimento de cabelos brancos. Eles chegam aos pouquinhos com um fio, dois fios, três… até que a “cobertura” toda esteja branca e as pessoas, sem o menor constrangimento e com uma pitada de deboche, perguntam: “E esses cabelos brancos aí?”. É, não tem como escapar. Alguns pintam. Até dá certo, mas tem gente que erra na tonalidade da cor e tem ainda aqueles que ficam após com duas e até cores na cabeça.

A pessoa ainda tenta escapar do tempo não estacionando em vagas para idosos nem entrando na fila deles. Mas, não adianta. A coisa é assumir e ponto final e se preocupar com outras coisas que são verdadeiramente mais importantes do que os anos.

E para piorar a coisa é quando as pessoas, mais novas até as mais velhas, te chamam de senhor ou tio. Dói na alma.

Numa noite dessas, fazendo a minha caminhada pela praça central, ao passar pela praça dos brinquedos, uma menininha veio correndo na minha direção e, com um sorriso largo no rosto, me disse: “Oi, vovô”. Foi a pá de cal. Eu fiquei sem reação. No fim acabei rindo com o rosto parecendo a camisa do Inter.

Muitas pessoas não conseguem chegar na terceira idade ficando pelo caminho por causas diversas.

O negócio é torcer para se envelhecer com saúde e cuidando da aparência e ainda torcer para que se possa viver por conta própria o maior tempo possível, por que depender dos outros para coisas básicas deve ser desesperador. Mas, enquanto der sigamos em frente, para o nosso destino.

E se isso consola, lembremo-nos de que envelhecer é uma arte para poucos.