Blog do Sarico

Educação e drogas


No painel que eu assisti no Centro de Eventos de Tapera (RS), no ultimo dia 18, integrando a programação da VIII Semana de Prevenção e Combate ao Uso e Abuso de Álcool na Adolescência e na Vida Adulta, cujo tema era “Álcool e outras drogas: um diálogo sobre escolhas”, além das dicas de proteção para um filho ao uso de drogas lícitas ou não, o que chamou a minha atenção foi como se educa um filho. O que se deve fazer para preparar uma pessoa para a vida adulta, sem sobressaltos e decepções posteriores.

E no palco estavam a promotora Marisaura Fior, a delegada Tauane Andrighi, a psicóloga Débora Bolzan e o médico psiquiatra Saraiva Júnior que deram muitas e belas informações aos pais presentes.

Antes de começarem os trabalhos, foi apresentado um vídeo tocante de uma menina de 8 anos que escreveu uma carta, “Carta para Jackie”, endereçada ao fabricante do uísque Jack Daniels, relatando o que a família dela estava passando por conta do vício do pai que, literalmente, a abandonou e passou a agredi-la verbal e fisicamente, culminando com a venda da casa para pagar as contas feitas por ele devido ao vício.

Segundo os painelistas, baseados em pesquisas e estudos, o uso do álcool começa em casa entre 9 e 12 anos e que as meninas estão bebendo mais do que os meninos. Também, que é expressivo o número de crianças negligenciadas pelos pais que são usuários de álcool e drogas e que o tráfico, cada dia mais acolhedor, utiliza menores em larga escala para acontecer. Eles alertaram para que se observe se o filho ou filha aparece em casa com artigo de marca e caro. Ainda, que os diversos problemas de uma pessoa iniciam no terceiro mês de gestação sendo a mãe usuária de substâncias psicoativas.

O que ficou gravado em minha mente do painel sobre como se prepara um cidadão para o mundo:
– Os pais devem fazer parte da vida dos seus filhos e saber onde eles estão, com quem estão e o que estão fazendo. E é preciso conhecer seus amigos.
– É importante criar uma rotina familiar e haver troca de afeto, sempre.
– O que educa um filho é conversa e bons exemplos.
– Pais abandonados pelos filhos na velhice nada mais é do que o resultado da ausência deles na sua infância.

No painel, ficou muito claro a todos, que é preciso que os pais conheçam os seus filhós e que sejam amigos deles, mostrando que existe amor e preocupação com eles. Com tudo isso, um pai e uma mãe poderão dormir sossegados todas as noites, por que nada é pior na vida do que não saber onde está seu rebento e de como ele virá para casa. E também com as próximas.

O poli está recebendo melhorias


Nesta segunda-feira (22/04), estive no Ginásio Poliesportivo de Tapera (RS), com o prefeito Osvaldo Henrich Filho e o secretário da Administração, Stefano Simon, para conferir as melhorias que o nosso ginasião está recebendo.

O pessoal trocou a iluminação, pintou a quadra e agora pintará as grades que a circundam. Ainda, serão arrumados e pintados os corredores e instalado um impermeabilizante na cobertura para acabar com as goteiras. Será feito numa parte do telhado e, se houver a necessidade de uma nova camada, ela será feita.

A propósito. A impermeabilização está em andamento.

Segundo o Stefano, as lâmpadas antigas, que consumiam muita luz, foram trocadas por LED. Foram instaladas 73 delas na parte interna, sendo 38 refletores e mais 24 luminárias, e outras 11 na parte externa.

Conforme o prefeito Osvaldo, na troca da iluminação o município gastou R$ 60 mil. “Essas melhorias estão sendo feitas para que conservemos o nosso belo ginásio de esportes, um orgulho e um grande patrimônio do município”, disse ele.

 

Pensamento do Dia


“Na minha época influenciador era meu pai, minha mãe e meus professores. Hoje são pessoas vazias querendo mostrar que são cheias”.

Desconheço a autoria.

Complexo esportivo em fase de conclusão


O complexo esportivo que está sendo construído ao lado do Ginásio Poliesportivo aqui em Tapera (RS), e que chama atenção de quem passa pelas imediações pela sua imponência, está em fase final de conclusão. A equipe que trabalha nele deu uma acelerada considerável na obra nas últimas semanas.

Fica a dúvida sobre a sua inauguração tendo em vista o período eleitoral que se aproxima com suas regras rígidas. Assim, o complexo deverá ser entregue à comunidade, que não vê a hora de utilizar aquele espaço para exercícios afins, sem inauguração.

Agora, poucos municípios aqui no Estado dispõem de um complexo esportivo desta grandeza e beleza, que inclui ainda o majestoso Poliesportivo que está recebendo melhorias.

Aí eu lembro que quando escrevi aqui, ainda no ano passado, que o complexo não estava concluído, alguém na Câmara de Vereadores me chamou de tudo quando foi impropério, inclusive de canalha e mentiroso. Como se vê, foi preciso mesmo uma segunda etapa para a conclusão da obra. Eu estava certo.

Verdades da vida


A sinceridade de um marido é conhecida durante a doença de sua esposa.

A de uma esposa é conhecida durante a dificuldade financeira do marido.

O verdadeiro amor dos filhos é conhecido durante a velhice dos pais.

A verdadeira natureza dos irmãos é conhecida durante a distribuição da herança.

A sinceridade dos amigos é conhecida em tempos difíceis.

Pensamento do Dia


“Não tenha medo de começar de novo, pois você não está começando do zero, mas sim da experiência”.

Desconheço a autoria.

A notícia do incêndio do hospital


Eu recebi do prefeito de Tapera (RS), Osvaldo Henrich Filho, a capa da edição 57, do jornal “Noticioso”, de Carazinho, noticiando o incêndio do Hospital Roque Gonzalez de Tapera, então 3º distrito de Carazinho, ocorrido na madrugada de 10 de março de 1943. Três dias após a sua inauguração.

E a capa, em destaque, trazia como título “INCÊNDIO CRIMINOSO EM TAPERA”.

Às 14h30, do dia 10 de março de 1943, o delegado de polícia Miguel Zacarias, de Carazinho, veio de automóvel para Tapera, acompanhado do inspetor Waldomiro e de dois repórteres do jornal, para dar início às investigações.

Era passado da 01h, quando o seminarista Luiz Hansen, que residia na farmácia do Hospital, que ficava no prédio ao lado deste, acordou com forte cheiro de gasolina ou querosene. Ele foi ver o que era e viu o fogo. Correu para avisar as irmãs que deram o alarme do incêndio, que teria iniciado no pavilhão de festas, que ficava nos fundos e que teria sido usado antes como casa canônica, a residência do padre, que estava desabitada. Ao lado ainda, haviam as residências do farmacêutico Nelson Franz e do casal Fischer, empregados do hospital. Helena Fischer saiu ilesa do local apenas com a roupa do corpo. O fogo consumiu tudo.

As pessoas que estavam na última noite de Carnaval, no Salão Junges, atual Clube Aliança, ao ficarem sabendo do sinistro correram para o hospital para ajudar no combate às chamas e tentar salvar alguns objetos, mas a água era escassa e o trabalho foi dificultado. Tudo foi perdido dando ao hospital um prejuízo de mais de 300 mil cruzeiros, segundo o jornal.

O padre Clemente Kampmann, vigário da paróquia, entrou no prédio e salvou o Santíssimo Sacramento e duas imagens de santos. Foi também salvo por outros o material cirúrgico no valor de 80 mil cruzeiros (Cr$).

Em 10 minutos foi tudo devorado pelas chamas. Felizmente não havia vento pois o fogo poderia ter alcançado o Hotel dos Viajantes, de propriedade de Antônio Sarturi Sobrinho, que ficava próximo e, por consequência, podendo chegar em toda a vila. Em 15 minutos as chamas chagaram a 15 metros de altura, diz a reportagem.

No hospital estavam cinco doentes que foram retirados pelas irmãs de Caridade. Uma das freiras retirou uma criança que estava com uma grave fratura exposta na perna esquerda. O médico Jorge Kalil, diretor do hospital, retirou uma mulher que havia sido operada um dia antes. Outra mulher, que convalescia de grave enfermidade, teve de sair caminhando agravando o seu estado de saúde.

O delegado mandou instaurar inquérito pois haviam fortes indícios de que o incêndio teria sido criminoso e três coisas corroboravam para isso: 1 – Não havia gasolina ou querosene no prédio, 2 – Não havia energia elétrica no mesmo, pois o padre Clemente havia solicitado o seu desligamento para que fosse instalado um dínamo para iluminar o hospital, a casa canônica e a farmácia, e 3 – Nada estava assegurado no prédio.

Dois técnicos do Ministério da Agricultura, José Cabral e Giacomo Reali, vieram a Tapera para periciar o prédio queimado.

O jornal diz ainda que “a pacata população de Tapera não se conformava com a impunidade do autor ou autores, intelectuais ou materiais do ato, e esperava das autoridades policiais enérgicas providências no sentido de serem descobertos os incendiários afim de receberem o necessário corretivo judicial” (ipsis litteris).

O jornal fala ainda que não será difícil provar que o incêndio fora criminoso, praticados pelos inimigos do padre Clemente, pioneiro das boas causas em Tapera.

Algumas pessoas mais antigas, que conhecem a história do município, dizem que o incêndio foi acidental, tendo começado numa casa ou galpão de madeira existente atrás do hospital. E com o vento as labaredas devem ter derrubado uma vela ou lamparina no chão e as chamas sendo levadas em direção do hospital.

O que chama atenção nesta história é a dúvida quanto a casa ou galpão existente atrás do hospital. O jornal diz que havia já alguns mais antigos que ainda estão por aí dizem o contrário. Outra coisa. A matéria diz que não havia vento naquela noite e o pessoal diz que havia. Um taperense me disse que acha que alguém estava dormindo no local e fazia uso de uma vela para iluminá-lo e, com o forte vento, a vela deve ter caído dando início ao fogo.

Naquela Tapera havia muita rivalidade por conta da política e ela envolvia tudo e todos em todos os setores e isso perdurou por anos por aqui. Muitas famílias se dividiram por conta da “escolha” do lado optado.

Enfim, até hoje não se sabe se o incêndio no Hospital Roque Gonzalez foi acidental ou criminoso e, no caso, quem foi o autor e a mando de quem. O pessoal fala em crime, mas a boca pequena, e nunca houve investigação e nem o resultado da perícia deste caso acontecido em há 81 anos.

Em tempo. O padre Clemente Kampmann liderou a construção do Hospital e da Igreja Matriz, e foi uma figura bastante polêmica aqui em Tapera, que dividiu os moradores do povoado. Quem quiser saber mais sobre ele deve acessar: https://www.blogdosarico.com/2022/06/08/a-historia-da-igreja-catolica-em-tapera/#google_vignette

Alimentos do futuro


Numa manhã de sábado dessas, vendo o Globo Repórter, a reportagem falava sobre os alimentos do futuro baseados nas comidas que os astronautas levam para o espaço na forma de pasta. Produtos diminutos, mas de alto valor nutritivo. O desenho “Os Jetsons”, que passou na TV nos anos 1960, com alimentos sintetizados, também foi lembrado. Coisa de mais de 60 anos.

Por outro lado, no programa me impressionou o que o pessoal vem fazendo de comida com coisas básicas que a gente vê todos os dias nos supermercados como cogumelos, plantas comestíveis a até insetos. Imagina… Mostraram o que é possível fazer usando a criatividade com tudo que temos ao nosso alcance. Com muita mistura. De norte a sul do País.

E entre as comidas mostradas por um grupo de mulheres da periferia de uma cidade. Chamou a minha atenção um cachorro-quente de cenoura. Eu não consigo imaginar como é isso, mas a repórter adorou o petisco.

A reportagem falou também sobre o desperdício de alimentos que se tem diariamente no Brasil, mostrando o que as CEASAs colocam fora todos os dias. E não foi esquecido o que os supermercados descartam diariamente.

Agora, uma coisa eu tive de concordar com uma técnica em alimentação entrevistada. Segundo ela, não existe falta de comida no Brasil, que produz muita comida, o que existe é a falta dela chegar nos lugares certos. Perfeito!

O Brasil produz muita comida, mas boa parte dela é jogada fora ou por falta de comprador ou pelo alto preço.

Olha, falta pouco para o Brasil alimentar o mundo.

Pensamento do Dia


“Os anos ensinam o que os dias ainda não sabem. Há dias que só farão sentido mais adiante. Confie!”.

Desconheço a autoria.

Mais asfalto em Tapera


Nesta semana, iniciou mais uma etapa de asfaltamento de ruas aqui em Tapera (RS). E nesta, serão contempladas cinco delas:
– PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS, da Rui Barbosa à Avenida Tancredo Neves. É a que passa em frente à Rádio Cultura indo até a Prefeitura e outros;
– OLINDO BOFF, da Coronel Gervásio a Duque de Caxias. É aquela da La Bodeguita;
– FREDERICO HOFFMANN, da Avenida XV de Novembro até a Professor Pillar. Aquela da LEW Editora e que vai até a AFUCO;
– FARROUPILHA, da Avenida Dionísio Lothário Chassot a 21 de Abril, até o antigo matadouro Seibel;
– BEIRA RIO, da Amizade à ERS 332, na Vila Paz.

Conforme o prefeito Osvaldo Henrich Filho, estes asfaltamentos estão sendo realizados com verba municipal. Na próxima etapa, se não houver dinheiro do Estado, o município vai novamente bancar tudo. Por outro lado, ainda não se sabe quais ruas e avenidas serão pavimentadas.

De parabéns a administração de Tapera pela nova etapa de pavimentação asfáltica na cidade, especialmente a Rua Presidente Getúlio Vargas, que leva até os altos do bairro Progresso, onde estão Prefeitura, Câmara de Vereadores, Fórum, Ministério Público, Defensoria Pública, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e Secretaria de Infraestrutura. E acreditem, essa rua será muito movimentada a partir de agora. Só que será preciso alguns redutores de velocidade nela, por que a mesma convida a acelerar, algo muito comum aqui em Tapera.