Blog do Sarico

O fim de uma era


A era dos jornalistas milionários na televisão brasileira, leia-se Rede Globo, pode estar chegando ao fim.

A Globo passou por uma reestruturação financeira, ao ver seus custos desproporcionais à margem de lucro. Devido a isso, os medalhões do jornalismo televisivo, que ostentam há décadas salários na casa das centenas de milhares, estão tendo seus vencimentos reduzidos em 25%. Muitos aceitaram, outros foram demitidos e outros, ainda, pediram demissão e se bandearam para outros canais.

A crise econômica que está aí não permite mais que as emissoras se deem ao luxo de manter cifras tão altas e, portanto, quem deseja manter o emprego precisa se adequar às novas imposições.

Não há informação oficial sobre o faturamento dos maiores medalhões da Globo, mas estima-se que William Bonner, que acumula as funções de âncora e de editor-chefe do Jornal Nacional, receberia, antes da redução, entre R$ 700 mil e R$ 1 milhão por mês, enquanto Renata Vasconcellos teria um salário entre R$ 300 mil e R$ 500 mil, certamente, apenas pelo fato de ser mulher.

Já os apresentadores do Fantástico, Poliana Abritta e Tadeu Schmidt, receberiam cerca de R$ 200 mil por mês, cada um. Agora, somente JN e Bom Dia Brasil terão números que chamam atenção quando o assunto é contracheque. Já a massa de jornalistas que fica atrás das câmeras tem um salário médio mensal de R$ 4 mil, o piso da categoria.

Quem aproveitou esses cortes feitos pela Globo foi a CNN, que contratou diversos jornalistas insatisfeitos daquela emissora, como Márcio Gomes, Glória Vanique e Monalisa Perrone. Lá, o teto salarial fica em torno de R$ 20 mil a R$ 30 mil.

Toda essa remodelação também deveria chegar ao futebol, que paga salários e contratações absurdos.

Aos poucos o mundo vai se ajeitando e tomando forma (real).



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