Blog do Sarico

Sorte


imagesA sorte é uma mulher danada. Ela não tem rosto nem corpo, mas é linda, gostosa e vagabunda, que não se interessa por dinheiro, por que não necessita dele para viver, certamente por ter demais. Adora provocar quem tem dinheiro e também quem não tem. E senta no colo que quiser e faz acontecer. Os seus preferidos são os gananciosos e os desesperados. Às vezes, faz um movimento e alguém é catapultado lá para o alto. Mas, com um outro, pode ser enterrado.

Eu não quero falar da sorte, mas de sorte. Sou colorado e estou vendo o meu time sendo empurrado por ela neste ano. A sorte, literalmente, pegou o Inter no colo, colocou debaixo do seu braço e o leva para todos os lados. E tudo começou em dezembro, na última rodada do campeonato Brasileiro, contra o Atlético MG, quando o desequilibrado Fabrício fez aquele gol nos descontos. E quando marcou lembrei dela. E desde lá a sorte vem se apresentando no Beira Rio e também fora dele. Ontem, contra o Santa Fé, pela Libertadores, ela se mostrou novamente, mas somente alguns poucos a viram desfilando nua e faceira pelo estádio.

Quando o Inter estava sem treinador, numa relação de nomes que a direção montou colocaram nela, lá no alto, Tite e Luxemburgo, entre outros, que rejeitaram o Colorado, como quem diz não a um time da 4ª divisão. Tite desandou com seu “Corintia” no Paulistão e na Libertadores e está pela bola 8. Se não for bem no Brasileiro, será apeado do cargo. Luxemburgo, que esnobou o Inter, caiu em desgraça no Flamengo e foi chutado para a rua. Seu projeto de ser presidente do time melou. E Diego Aguirre, um azarão que estava no final da lista, foi chamado e após fazer um monte de experiências e de deixar loucos os torcedores, inclusive eu, foi comendo pelas beiradas e montou um cano de time, que está sendo uma das sensações da Libertadores indo para a semifinal. O fator Diego Aguirre também é um lance de sorte.

Se a sorte continuar sentada no colo do Inter o clube deverá levantar o Tri e de tabela seguir adiante, esperando quem sabe, cruzar novamente com o Barcelona e repetir 2006. Mas, com os pés no chão para não repetir 2010, com o Mazembe do Kidiaba.

Vamos ver o que essa senhora está planejando para o segundo semestre. Tomara que ela resolva tirar sua roupa e deitar no Beira Rio. No calor do estádio, com aquela iluminação excitante, deverá ficar louquinha e se entregar de corpo e alma aos vermelhos. Afinal, queremos todos a mesma coisa.

Em tempos de sorte. O Inter é o único clube brasileiro na Libertadores e graças a Rafael Moura. Pode uma coisa dessas? E em dezembro, talvez contra o mesmo Barcelona, que tal o Rafael Moura imitar o Adriano Gabirú. A questão é saber se aquela gostosona continuará agarrada ao time, completamente apaixonada por ele.



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