Em crise
A empresa de laticínios que viria se instalar em Tapera, na ERS 223, está em crise. Não está pagando os produtores de leite e está na Justiça pedindo ajuda para sair do vermelho. A planta não vem mais para Tapera. O trabalho de terraplenagem, que consumiu horas de máquina e combustível, foi em vão. E o proprietário da terra, será que recebeu todo o valor combinado?
deve se culpa de algum vereador da oposição
Típico: Primeiro fazer estardalhaço com fogos e mídia, gastam nosso dinheiro, e por ultimo vão pedir garantias do potencial de investimento do interessado. Como eu digo sempre, o marqueteiro do prefeito é fora do comum, pois ainda assim foi indicado a concorrer ao prêmio de gestor público do ano. Ainda bem que a Ana Amélia não tinha esse marqueteiro, senão estaríamos lascados.
Folha e Estadão apuram o mesmo que VEJA: Youssef disse à PF e ao MP que Dilma e Lula sabiam dos crimes na Petrobras. Dilma vai processá-los também?
Neste sábado, tanto o Estadão como a Folha (em manchete) trazem reportagens com as informações publicadas por VEJA na edição que começou a circular nesta sexta, a saber: Alberto Youssef afirmou à Polícia Federal e ao Ministério Púbico que Dilma e Lula sabiam dos malfeitos na Petrobras. A revista informou, por exemplo, que, segundo o doleiro, José Sérgio Gabrielli, então presidente da estatal, ordenou que o esquema pagasse R$ 1 milhão a uma agência de publicidade que ameaçava denunciar o esquema. Segundo apurou o Estadão, Youssef afirmou que foi Lula quem mandou Gabrielli agir. Pois é…
No horário eleitoral do PT, Dilma atacou a revista VEJA e anunciou que pretende processá-la. Repetiu a ladainha no debate da Globo. Isso é com a governanta. Qualquer um que tenha acompanhado a fala da candidata sabe que VEJA é que tem motivos para processá-la. Mas isso também não é comigo. Meu ponto aqui é outro. Pergunto: a petista pretende ir à Justiça também contra a Folha e o Estadão, porque trazem as mesmas notícias, ou tão notável privilégio só é concedido à VEJA?
Indaguei aqui e já tenho a resposta: que veículo de comunicação sério deixaria de publicar a informação que VEJA publicou? Notem que os dois jornais não se limitaram a reproduzir o que disse a revista. Eles também foram apurar. E chegaram praticamente às mesmas informações.
Uma dezena de celerados fascistoides, estimulados pela fala irresponsável de Dilma, foram fazer bagunça ontem na portaria da Abril. Largaram lá um monte de papel picado e picharam algumas placas. Essa gente expressa o que entende por democracia. Mas é importante notar: o estímulo veio de cima. Não tem jeito, isto não varia, igual em toda parte e em qualquer tempo: os principais inimigos dos autoritários é a imprensa livre. Vejam o que se deu na Venezuela. E vejam como está a Venezuela. Vejam o que se deu na Argentina. E vejam como está a Argentina.
Folha e Estadão fizeram, insisto, suas próprias e respectivas apurações e chegaram ao lugar a que havia chegado VEJA. Também eles não esperaram para publicar a informação depois do segundo turno. Pergunto outra vez: quantos veículos mais Dilma pretende processar?
Aécio apostou na campanha do ódio e da demonização do petismo.
Como disse um marqueteiro, pregou para convertidos.
Ainda depois da derrota, um coordenador da sua campanha disse que o Brasil produtivo dera a vitória ao tucano.
É puro preconceito.
Assim como é preconceito dividir o Brasil entre nordeste e sudeste.
Aécio perdeu em dois dos três maiores colégios eleitorais do sudeste e do país: Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Perdeu em casa no primeiro e no segundo turnos. Por quê?
Quem perde em casa, não ganha campeonato nacional.
Aí a campanha do PT faturou: se quem conhece não vota, deve ter problema.
Aécio não é o mal, não é um monstro, mas, como se fosse um petista de caricatura pelo avesso, apostou na polarização, no preconceito, na radicalização e, mesmo negando, no nós contra eles que tanto simulou combater.
A campanha de Aécio ficou assim: os que trabalham contra os que supostamente não trabalham.
Os aecistas levaram, nas redes sociais, essa dicotomia às últimas consequências. Nunca se viu tanto tucano conservador, reacionário, preconceituoso e arrogante destilando ódio contra as políticas sociais do petismo.
Nem todo tucano é conservador. Mas o tucanato de centro foi engolfado pela radicalização.
Outro ponto em que Aécio não convenceu foi na sua política de moralização. O PSDB não tem moral para apontar o dedo.
Para cada acusação que fez, tomou o troco. Pessoas realmente refratárias à corrupção, fugiram do PT e do PSDB.
Os demais, na falta de melhor, deram a corrupção por empatada e decidiram por outros critérios.
A tentativa de golpe da Veja, ao que parece combinada com Aécio e por vazamento do senador tucano Álvaro Dias, foi um tiro pela culatra. Pegou mal. Ficou evidente a tentativa de manipulação. Um sociólogo francês me ligou para dizer: “Como é que o Brasil aceita um golpe desses da mídia? É trapaça. Não pode. Para nós, isso é um escândalo sem precedentes”.
Mas Aécio quase chegou lá. Se tiver paciência, será um candidato temível em 2018. Até lá, pode treinar para perder o sorriso debochado nos debates e evitar as ironias que lhe dão um ar de arrogante de elite, o que afasta eleitores sensíveis.
Perdeu, mano!
Quebrou porque colocam tudo que porcaria no leite.Aí são condenados.