Blog do Sarico

2024: um ano inesquecível em Tapera


O ano de 2024 foi um ano singular, em que aconteceram fatos surpreendentes aqui em Tapera, que entrarão para os anais da história.

RENÚNCIA – No dia 14 de fevereiro, o prefeito Volmar Helmut Kuhn (MDB) renunciou ao cargo, alegando problemas de saúde. Ele, que está sendo investigado pela Justiça por suposto envolvimento no caso da coleta de lixo (Operação Compostagem). Com o seu afastamento, o então vice-prefeito, Osvaldo Henrich Filho, o “Prego” (PP), assumiu o cargo. O fato é inédito em Tapera, em quase 70 anos de história do município.

SENADO – No dia 11 de abril, o suplente de senador e ex-prefeito de Tapera, Ireneu Orth, assumiu a cadeira do senador Luiz Carlos Heinze (PP) no Senado. Heinze se afastou para tratamento de saúde e Orth ficou na Casa por quatro meses, até o dia 10 de agosto. Ele é o primeiro taperense a ocupar uma vaga no Senado, colocando o município em evidência nacional.

ELEIÇÃO – Em agosto, aconteceram dois fatos inéditos em Tapera. O primeiro foi uma coligação com chapa pura do PP na cabeça, com Osvaldo Henrich Filho como prefeito e Marcio Paulus como vice. Com o PP, estavam União Brasil e MDB. A coligação venceu a eleição.

No mesmo mês, o MDB não conseguiu formar uma nominata com 10 nomes para a Câmara de Vereadores. Na convenção, realizada no dia 04, apresentou apenas quatro candidatos e ficou de indicar mais três em seguida – o que não aconteceu. E o partido foi para a eleição com apenas quatro nomes. Esse fato surpreendeu pelo histórico que o MDB tem em Tapera. E, na eleição, os quatro candidatos, juntos, fizeram 508 votos deixando o partido sem assento na Câmara e sem suplência. Pela primeira vez na história, o partido ficou sem representantes no legislativo.

Por outro lado, o PDT, que jamais havia feito mais de duas cadeiras na Câmara, nesta eleição, fez três, passando a ser a segunda força política do município, ficando atrás apenas do PP.

No final de novembro, o PT ingressou no Ministério Público com ação contra o PDT acusando-o de ter incluído uma candidatura feminina laranja – o que configuraria queda de toda a nominata dos eleitos e o coeficiente eleitoral deveria ser refeito. Pois, no dia 13 de dezembro, após analisar a documentação, realizar diligências e ouvir pessoas, o MP arquivou a denúncia, por não haver provas suficientes que justificasse uma ação na Justiça.

Ainda no dia 13 de dezembro, o presidente da Câmara de Vereadores, Joel Alves dos Santos, o “Collares”, tomou posse como prefeito em razão do afastamento do prefeito Osvaldo Henrich Filho para tratamento de saúde. Como Tapera estava sem vice-prefeito na época, pela lei, no impedimento do prefeito, quem assume a Prefeitura é o presidente do legislativo. O Collares ficou no comando do executivo municipal por quatro dias, até o dia 17.

E, no último dia do ano, ocorreu uma disputa envolvendo a eleição da presidência da Câmara. Os vereadores do PP, Pipe dos Santos e Daniel Gardin, não abriram mão do comando da Casa e, na votação, Daniel Gardin obteve os três votos do PDT e mais o do PL, sendo eleito presidente para o primeiro ano da 17ª legislatura em Tapera.

O ano que findou, com absoluta certeza, diante de tantos fatos inéditos ocorridos, entrou para a história do município que, em fevereiro (28), comemora 70 anos de emancipação.



Comentários

Comente


*