Blog do Sarico

Mais uma queda


E a Seleção Brasileira tropeçou novamente, com mais uma péssima apresentação desta feita na Copa América. Está fora dela e, ocupando a 6ª posição nas eliminatórias, corre sério risco de ficar de fora de uma Copa do Mundo pela primeira vez. Que fase!

Mas, afinal, o que está havendo com o nosso escrete, que não consegue ter bom desempenho nos seus jogos? Será o treinador, os jogadores, mau planejamento, direção da CBF, patrocinadores, o futebol que mudou? O que está havendo?

O futebol pode ter mudado, evoluído como dizem os entendidos, mas onde ficam o talento e a garra, que diferenciam o craque do mediano e do medíocre?

No caso da Seleção tem jogador que não consegue colocar na cabeça que ele está representando uma potente marca reconhecida mundialmente e de respeito, uma marca que está no topo do futebol e é sempre reverenciada por onde passa e também temida. Pelo menos era assim, por que nos últimos tempos…

Enfim, a camisa da Seleção parece que queima no corpo destes jogadores que jogam bem nos seus clubes, mas que na Seleção não suportam o peso da camisa e fracassam. Se bem que nem nosso treinador está à altura dela.

O futebol não tem mistério, sendo a coisa mais fácil de se fazer. O negócio é, em conjunto, pegar a bola e partir para cima do adversário, tentando o “dible”, como dizíamos nos campinhos na infância e adolescência, ou servir o companheiro melhor colocado. Mas, não da intermediária recuar para o goleiro para que este dê um chutão para frente. Isso não é futebol. É pelada.

Falando em infância e juventude, eu lembro da molecada que joga em campo de terra e descalça que pega a bola e vai para cima do seu marcador buscando a goleira e o gol. Está em nosso DNA isso, mas esta modernidade que tanto falam parece que castrou essa habilidade.

Outra coisa. O bom jogador de futsal quando vê o goleiro crescendo à sua frente tenta tirar ele do lance com um chute ou toque fora do seu alcance, preferencialmente por cima. Ele faz isso numa goleira que é quase duas vezes e meia menor do que a do campo. Já no gramado é uma dificuldade fazer isso com uma goleira bem maior, sem falar que ele pode dar o “dible”. Falta talento para a nossa Seleção. E também ousadia.

Enfim, está brabo. E eu repito que essa geração milionária não vai ganhar nada por que não incorpora a mística da nossa camisa e fica pensando no que vai comprar depois que o jogo acabar. Ela não tem noção do que é vestir a camisa canarinho do Brasil. Aí lembro de jogadores que passaram pela Seleção, que mesmo não sendo campeões, honraram ela com bom futebol e garra.

O Brasil carece que talento, sim. De uma coisa que nasce conosco e que é visto nas escolinhas e campinhos, mas que depois parece que não é mais importante.



Comentários

Responder Anônimo (1720550911433-155248) Cancelar resposta


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