Blog do Sarico

O caos dos alagamentos em Tapera


Com essas enchentes que vem assolando boa parte do Estado lembrei que no passado Tapera (RS) enfrentava sérios problemas quando chovia consideravelmente. Eu mesmo vi várias vezes aquela região do City Hotel debaixo d’água. Fui dar uma conferida no meu arquivo de fotos antigas para ver se encontrava uma para mostrar o que acontecia aqui no passado. E encontrei.

Esta foto, tirada nos anos 1960/1970, eu acho, mostra o alagamento, um dos muitos que aconteceram aqui antes da construção das galerias que cercam os arroios Matadouro, Ficagna e 5 Irmãos.

Antes da sua construção, quando chovia muito, o centro baixo da cidade alagava. Na foto, é possível ver alagado o então Posto Ipiranga, do Azir Crestani, onde hoje está o Auto Posto Tapera. O antigo Banco do Brasil, que ficava no prédio do City e onde hoje está a MVM Veículos, em frente ao posto, também sofria com esses alagamentos.

Essas galerias, construídas no subterrâneo da cidade, o foram em duas etapas no final dos anos 1950 uma e a outra no começo dos 1980, estão entre as maiores obras realizadas no município ao longo de sua história de quase 70 anos.

A primeira delas foi construída pelo primeiro prefeito de Tapera, Dionísio Lothário Chassot, no início dos anos 1950, englobando os arroios Matadouro e Ficagna. Ela inicia na grutinha da Avenida José Baggio, passa por debaixo do Regional Supermercado e vai até a Rua Duque de Caxias. Passa pelo Café Diana e vai até o Hospital Roque Gonzalez. De lá, passa atras da Igreja Luterana indo até a Rua Mauá onde encontra a outra.

Mais tarde, no começo dos anos 1980, o prefeito João Maximiliano Batistella, construiu a segunda, do 5 Irmãos. Ela inicia na ponte da Rua Santo Durigon, da Rua Azul, indo em direção ao City Hotel, por trás deste, indo se encontrar com a primeira na Rua Mauá.

Quando a chuva era forte os arroios saiam do seu leito e invadiam boa parte do centro. Certa vez, a água passou pelo Bar Ciprandi, atual Padaria Dona Elza, indo até a porta da nova agência do Banco do Brasil. Lembrando que o 5 Irmãos passa ao lado daquele prédio e que havia uma ponte ali.

Na parede da Padaria Dona Elza tem uma foto mostrando um dos alagamentos naquela parte da cidade.

E passar com veículo por aquela região em dias chuvosos era complicado, pois naquele tempo os motores “morriam” facilmente quando molhados, e era difícil encontrar gente disposta a entrar na água para ajudar a tirá-lo de lá. Quando chovia muito e alagava aquela parte da cidade, Tapera ficava ilhada por que nem mesmo a ponte da Rua Santo Durigon, na Rua Azul, dava passagem pois o arroio vinha de lá. Assim, quem precisava ir para a parte norte da cidade, para a Cotrisoja, o América e a Carazinho, ficava sem passagem. Lembrando que a subida para a Vila Elisa, ali na Coronel Gervásio, não existia. No lugar tinha a pedreira que serviu a cidade por muitos anos.



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Responder Anônimo (1715171799441-813959) Cancelar resposta


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