Blog do Sarico

Campinhos de futebol


Nesta semana, vi alguns meninos jogando bola na praça aqui em Tapera, pois existem poucos espaços onde se pode bater uma bolinha sossegadamente. E aí lembrei que não existem mais campinhos de futebol. E lembrei também dos muitos que haviam antigamente aqui na cidade.

Um dos mais famosos foi aquele que ficava na Rua Mauá, entre a Delegacia de Polícia e a residência dos juizes da Comarca. O outro ficava na Rua Rui Barbosa, onde hoje estão o edifício Soberano e aquele ainda sem nome. Havia um terceiro, na Rua Pedro Binni, onde hoje está a residência que fica na esquina do Regional Supermercado. Claro, haviam outros nos bairros, mas eu elenquei aqui os que eu joguei.

Nestes campinhos, aconteceram muitos campeonatos, que davam troféus aos destaques. E eles reuniam vários times do centro, bairros e até interior, todos devidamente fardados. E o seu fardamento, pelo menos os da cidade, viam através do “Livro Ouro”, que o pessoal passava pelo comércio, residências e outros em busca de dinheiro para a compra do mesmo e no tal livro era colocado o nome do doador e a quantia dada. E todo mundo ajudava.

Os melhores campeonatos, sem dúvida alguma, aconteceram na “arena” da Rui Barbosa. Lembro de um que iniciou às 10h de um sábado e foi ser decidido passado das 18h, devido ao grande número de times inscritos.

Que tempos aqueles…

Lembro de um time que tínhamos na adolescência, aqui do centro, lá nos anos 1970, e que fizemos circular o Livro Ouro e o primeiro que visitamos foi o prefeito Isi Simon (1973-1976), já falecido, na antiga prefeitura. Ele foi o primeiro a assinar o livro. Lembro também que ele saiu do gabinete dando aquela tradicional gargalhada dele e pediu o que nós queríamos. Explicamos a ele e o homem puxou a carteira do bolso e dela tirou uma nota (Cruzeiro) e nos deu. Não lembro o seu valor, mas sei que era alta para nós pela nossa felicidade. Da “Prefa” saímos grandões para conquistar Tapera após aquela doação e realizar o sonho das nossas camisetas. Infelizmente, não lembro como eram, suas cores, nem onde foram compradas. Sei, que o time durou alguns anos e depois crescemos e novos times e livros ouro foram criados por nós e por outras equipes da cidade.

Jogar bola era uma das diversões da minha geração naquele tempo. Hoje, a juventude não quer mais saber de bola e poucos são os que ainda mantem vivo o maior e melhor esporte. Hoje, suas paixões são outras, especialmente no mundo virtual.

Agora, correr atrás de uma bola no final do dia, na grama ou na terra, era maravilhoso.



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