Blog do Sarico

Levando a vida…


Um dia desses, conversando com um amigo, este me disse uma coisa que chamou minha atenção: a gente se prepara para a vida durante vinte anos (principalmente, por meio dos estudos); trabalha por mais quarenta; e os restantes vinte anos ou um pouco mais – dependendo das condições de saúde da pessoa – são dedicados a viver e a usufruir daquilo que se conquistou ao longo do caminho, sobretudo, em termos de bens e de economias.

Na teoria, deveria ser assim. Todo mundo deveria desfrutar da dádiva de curtir a sua aposentadoria com bastante saúde e energia, tendo condições de curtir momentos de lazer, viajar e viver bem os “anos derradeiros”. Mas, infelizmente, não é isso o que se vê na prática, pois, hoje em dia, levando em consideração o baixo valor da aposentadoria, grande parte dos aposentados se vê obrigado a continuar trabalhando, para complementar a sua renda e ter condições de sobreviver.

Atualmente, para a maioria das pessoas, está cada vez mais difícil juntar dinheiro para guardar para a velhice – sobretudo, para ser investido na saúde, se for necessário (e, normalmente, é).

Conheço muita gente que deu um duro danado durante toda a sua vida, ganhou bem no seu trabalho, criou seus filhos e os formou, mas não sobrou dinheiro (poupança) para gastar após parar de trabalhar. E não são poucos. A sorte é que, em alguns casos, posteriormente, os filhos conseguem dar retorno aos pais, amparando-os na velhice.

O fato é que, cada vez mais, veremos aposentados ainda trabalhando – não por opção, mas sim, por necessidade. Nesses casos, a “melhor idade”, que deveria ser vivenciada dignamente, com tranquilidade, acaba se tornando um pesadelo, repleto de inseguranças em relação ao amanhã.



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