Blog do Sarico

Encontro com as feras


Na última quinta-feira (06), fui a Quinze de Novembro, para o lançamento da 15ª ExpoQuinze, e lá encontrei vários companheiros de imprensa, principalmente, a galera do rádio.

Encontrei o Carlos César (Ibirubá); o Maurício Silvestri, o Almir Bratz e o Preto (CBS); o Andrei Grave (Cidade), todos de Ibirubá.

E, lá num canto, eu conversei demoradamente com o Carlos César e o Maurício – dois “dinossauros” do rádio da minha época, gente de fundamento na “latinha”. Falamos sobre os tempos atuais do rádio e as perspectivas para o futuro e, principalmente, lembramos de algumas passagens marcantes da época de ouro do rádio: os anos 80, do qual eu também fiz parte, lá no início. Eu digo sempre que sou um “radialista que escreve”, pois saí do rádio para trabalhar com a escrita, após a minha formação acadêmica.

Agora, em algo, todos concordamos: o que será do rádio depois que esse pessoal sair de cena? Hoje, aqui na região, temos alguns profissionais que conquistaram o seu espaço pelo seu talento, algo que não cai do céu, nem é comprado.

O rádio está tendo um seríssimo problema de renovação, isso porque os jovens até têm interesse em trabalhar nesse ramo, mas desde que o expediente se encerre na sexta-feira, às 18h, e só retorne na segunda, às 08h. Só que rádio não é assim. Aliás, veículo de comunicação não fecha, nem descansa.

E, falando sobre o rádio – e já dando algumas boas dicas para quem quiser se aventurar nesse meio – é imprescindível que o comunicador abra espaço no seu programa para a comunidade, para que o ouvinte possa dar o seu recado e expor a sua opinião, pois o rádio precisa ser um meio de comunicação “aberto”, plural.

E, principalmente, em se tratando de um programa jornalístico, é necessário focar no tema em pauta, fazendo perguntas inteligentes ao seu entrevistado. E, como eu sempre digo: o bom radialista se destaca dos demais pelos questionamentos perspicazes que faz; pela sua capacidade de relembrar o que foi dito pelo entrevistado, já enganchando outra pergunta pertinente ao assunto; e pelo fechamento que dá ao tema tratado (capacidade de síntese).

Do meu ponto de vista, o diferencial de uma boa comunicação jornalística, seja na forma oral ou escrita, é a capacidade de formular um questionamento inteligente ao entrevistado e a capacidade de produzir um texto acessível, de fácil entendimento. Enfim, não é nada fácil a vida de um comunicador.

Mas, foi bom encontrar a galera lá na Quinze, dois “dinossauros” que marcaram época no rádio regional e ainda marcam, no caso o Carlos César e o Maurício; e também o Andrei, uma das mais gratas revelações do jornalismo dos últimos tempos. Enfim, todos nascidos e criados em Ibirubá, um verdadeiro berçário de radialistas.

E aproveitando, vai aqui um grande abraço ao prefeito Guto Stolte, da Quinze, parabenizando-o pela beleza da sua cidade; pela quantia de empresas instaladas no início do perímetro urbano – o que é sinônimo de desenvolvimento; e pela forma como cumpre as suas funções, enquanto gestor do município. E muito obrigado por ter bem recebido a imprensa nesse dia, que é sempre muito bem tratada lá.



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