“Migué” no consumidor
Numa noite dessas, o Jornal Nacional mostrou uma reportagem do “golpe” que as empresas estão aplicando no consumidor. Estão diminuindo o tamanho de suas embalagens e, consequentemente, reduzindo o conteúdo nelas, mas mantendo o mesmo preço – um verdadeiro saque ao bolso do consumidor, que não é informado desta propaganda enganosa.
A prática dos fabricantes é bastante questionada e o Procon-SP está sendo acionado sistematicamente, assim como o CONAR (Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária).
E, pelo visto, o problema de redução de tamanho, peso ou metragem, é geral e está crescendo no Brasil, num momento em que a inflação e os juros altos têm pressionado o orçamento dos consumidores e os custos das empresas.
Aliás, o movimento dos fabricantes até já ganhou apelido: “reduflação”.
Inclusive, aqui no RS, os consumidores (principalmente, quem é atento às embalagens e aos preços dos produtos) já vêm percebendo essas manobras dos fabricantes, segundo reportagem do RBS Notícias.
Por exemplo, uma reconhecida marca de café em pó diminuiu o seu vidro de 180 gramas para 160, mas mantém o mesmo preço. E ela já lançou um de 100 gramas, para confundir ainda mais a percepção do consumidor.
E não fica só aí: as garrafas PET de dois litros tem apenas 1,8 litro. Os mais atentos já perceberam e estão questionando as empresas quanto a isso.
Provavelmente, a indústria está tendo essa conduta para que o frequente aumento de preços não impacte no bolso do consumidor. Mas, isso não é justo, é uma sabotagem ao nosso bolso, porque a gente tem o direito de saber o que e quanto está consumindo. Transparência e publicidade, nesse contexto, é fundamental.
Ou é má-fé, mesmo. O Brasil, realmente, não é para amadores. Aqui para tudo se dá um jeitinho.
Tenho comercio e alguns fornecedores fizeram isso, porem o custo é o mesmo, o que falar para o cliente? Isso quando não mudam a embalagem de um plástico bom para um bem porcaria..