Blog do Sarico

Intoxicação digital


Ultimamente, tem-se falado muito em “intoxicação digital”. Segundo estudos, esse “fenômeno” vem acometendo pessoas de todas as faixas etárias que ficam muitas horas expostas a aparelhos tecnológicos (celular, computador e assemelhados).

Geralmente, a dependência maior é em relação às redes sociais, que são criadas, justamente, para que o usuário não se desconecte e consuma os infinitos conteúdos que são exibidos no feed de postagens. Assim, enquanto as pessoas aproveitam o “passatempo” (literalmente), as plataformas digitais vão lucrando às suas custas – mas, isso é assunto para outra conversa.

A Psicologia está atenta a essa questão, tanto que já identificou uma patologia para designar o medo irracional de ficar sem o celular e de estar perdendo de ver alguma publicação nas redes: a “nomofobia”. Esse transtorno pode causar inúmeros sintomas, como fadiga crônica, stress e, até mesmo, síndrome do pânico e depressão.

Entretanto, nem sempre o uso excessivo significa um problema de saúde mental. Em entrevista sobre o assunto, a psicóloga e professora da UFRJ, Anna Lucia Spear King, diferenciou o uso abusivo do transtorno. “Todo mundo, só porque usa uma tecnologia por muitas horas, se acha viciado, mas as pessoas são, na verdade, mal-educadas a usá-la”, diz.

A maior preocupação, nesse caso, é com o público infantil, que, praticamente, já nasce com o celular nas mãos. Segundo especialistas, o uso de telas é extremamente prejudicial ao desenvolvimento dos menores até os dois anos de idade, pois esta é a fase em que a criança está no auge de seu desenvolvimento físico, psíquico e mental – e as tecnologias podem gerar uma série de interferências negativas nesse período da vida.

É necessário, portanto, que os pais fiquem atentos a essa questão e evitem que a criança tenha contato com telas nos dois primeiros anos de vida. Depois, com o passar do tempo, é interessante que a utilização dos aparelhos tecnológicos (principalmente, para o consumo de jogos) seja mediada pelos responsáveis, para evitar excessos e, consequentemente, alterações comportamentais, queda no rendimento escolar e outros malefícios.

No caso de jovens e adultos, para evitar a exposição excessiva aos tecnológicos, é possível recorrer ao temporizador oferecido pelas próprias redes sociais, que, ao ser ativado, bloqueia o aplicativo por determinado período de tempo. Outra forma de tentar se livrar da intoxicação digital, também, é desativar as notificações dos aplicativos – que fazem com que estejamos sempre com os olhos grudados nas telas e as mãos enraizadas no celular.

E você, já prestou atenção em quanto tempo passa nas redes sociais? Vale a pena a reflexão.



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