Blog do Sarico

Então 60


E eu bati na casa dos 60. Nestes últimos dias, tenho conversado com pessoas que também chegaram nos 60 anos de idade. Uma parte delas está tranquila quanto a isso, mas a maioria não está. Parece que o número assusta.

Um amigo me disse que já “fizemos a volta” e que estamos indo para a “linha de chegada”. Olha, eu não me preocupo nem um pouco com isso. Aliás, não tenho medo da morte – mas, sim, dos efeitos da velhice.

Lembro que a minha avó materna faleceu aos 60 anos – isso, na década de 1970. Naquela época, ela era considerada velha (tanto na idade, quanto na aparência). Hoje, eu, com os mesmos 60, estou numa condição física e mental bem melhor – apesar do meu sobrepeso.

Claro, no decorrer desses anos – entre a chegada da minha “velhice” e a velhice da minha nonna – muita coisa aconteceu: a ciência avançou, proporcionando a prevenção e a cura para inúmeras enfermidades; houve a ampliação do acesso à informação, em todos os âmbitos; e, consequentemente, tudo isso contribuiu para o aumento da qualidade e da expectativa de vida dos indivíduos.

Hoje, a pessoa com 90 anos, apesar do “peso” que a idade representa, tem a possibilidade de viver super bem, com saúde, lucidez, fazendo suas atividades cotidianas de forma autônoma. Mas, claro, tudo depende do contexto de cada um – até porque, infelizmente, envelhecer também custa caro.

O fato é que o ser humano não vê a hora de chegar nos 18 anos, com o objetivo de ter a sua “liberdade” e tocar sua própria vida – o que é uma ideia um pouco equivocada, porque, atualmente, a gurizada está demorando mais tempo para sair da casa dos pais e se tornar independente financeiramente deles.

Lembro quando bati na casa do 30. “Nossa! Virei trintão”. E, hoje, se passaram mais 30. Não dá para negar que, depois dos 30, “só vai”. E, na casa dos 50 em diante, é “Deus no controle”. E com a quantidade de demandas e passatempos que temos à nossa disposição, principalmente, por conta da internet e da tecnologia, parece que a vida está passando mais depressa do que o normal.

Mas, não me preocupo muito com a entrada na terceira idade, porque faz parte da vida. Acredito que, tendo um bom psicológico, é possível “tirar de letra” o peso da idade.

E uma coisa que tenho percebido, ao longo da vida, é que quem tem uma ocupação – trabalho ou hobby – demora bem mais para sentir os efeitos dos anos. Acredito que precisamos manter uma rotina ativa, principalmente, com a mente em funcionamento. Afinal, “mente sã, corpo são”.

Quem diria que, um dia, eu entraria na casa dos 60. E esse dia chegou. Vamos ver o que vem daqui para frente.

E você, que já chegou aos 60 ou que está chegando perto, o que pensa a respeito? Quais as suas expectativas para o futuro?



Comentários

Responder Anônimo (1633817484490-684318) Cancelar resposta


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