Blog do Sarico

A evolução dos brinquedos


Nesta semana, caminhando pela cidade, dei uma parada na Praça Dr. Avelino Steffens, aqui em Tapera (RS), para dar uma olhada nas obras, ela que está sendo revitalizada, e está ficando muito bonita, diga-se de passagem.

E olhando o parquinho de brinquedos, que deve estar deixando a criançada louca de vontade para brincar neles, lembrei dos brinquedos da minha época, completamente diferentes.

No meu tempo, o parquinho ficava no canto da Praça, em frente à Laurindo Motos. E ali haviam vários brinquedos de ferro e madeira e muita corrente. Tinha os balanços, as gangorras, aqueles vai e vêm, onde duas pessoas ficam nas extremidades fazendo força para o brinquedo ir de um lado para o outro; havia ainda uma roda onde a gente sentava e se segurava em uma barra de ferro e fazia força para aquilo girar rapidamente e ao mesmo tempo se segurar forte para não ser jogado para longe. Quem não se segurava saia “voando” pela velocidade alcançada. Quanto tombo se levou naquilo. Também tinha outra roda, maior e mais alta, com correntes que desciam do alto e na extremidade havia triângulos de ferro onde a gente se segurava. Se o brinquedo girasse rápido demais a gente decolava, literalmente, num ângulo de 90 graus. Tinha também um escorregador que deixava o calção bem limpinho e um outro de ferro, como uma goleira, onde a gente se segurava e ia de um lado ao outro. Tinha outros brinquedos na pracinha, mas estes eram os principais, os mais utilizados.

Brincar naquele local era uma alegria e deixavam nossas mães com os cabelos em pé pelo estado em que se chegava em casa. E quem nunca levou um xingão dela pelo estado das roupas e dos joelhos esfolados não viveu aquela época, onde não havia nada naquele recém-criado município.

Os brinquedos daquele tempo eram para nos preparar com saúde para a vida adulta e nós não sabíamos. Hoje, os brinquedos estimulam a inteligência das pessoas que não fazem exercícios. Fazendo um paralelo entre ontem e hoje, fico preocupado com o futuro, por que não se está dando valor à saúde.

Depois vieram as bicicletas e a gente esqueceu aqueles brinquedos até que um dia eles foram retirados de lá e a praça sofreu profundas transformações com o passar dos anos. Uma pena foi a retirada dos ciprestes que formavam belos caminhos internos e as calçadas com pedrinhas portuguesas que formavam belos mosaicos em preto e branco por toda ela.

A nova pracinha de brinquedos está bonita e pronta para receber a criançada com bastante protetor solar e boné devido ao forte sol de verão. Mas, elas poderão ainda brincar à noite, sem protetor.



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