Blog do Sarico

Moro fora


A saída de Sérgio Moro do governo foi traumática. Aliás, ela nem deveria ter acontecido, afinal o juiz da Lava Jato era um dos seus pilares pela sua credibilidade. O Brasil não esquece o que ele fez num passado bem recente. Sua saída fragiliza o governo.

Acompanhei as duas manifestações, do Moro no final da manhã, e do Bolsonaro no final da tarde, e achei que os dois falaram demais. Um falou em interferência política e o outro em aproveitamento pessoal. E, ao final de tudo, vi uma briga de beleza entre ambos. E será que não tinha ninguém para mediar essa crise? Sim, por que em tudo deve haver bombeiro e conselheiro. Até no governo federal.

A ala militar do Planalto não gostou da saída e o futuro dirá quem mais perdeu com ela, se Bolsonaro ou Moro. A gente conhece a vontade do PR de acertar e torcemos todos muito por ele, mas ele precisa ir mais devagar nas suas colocações e brigar menos. Quando alguém disse que o maior adversário de Bolsonaro é ele mesmo, não está mentindo, afinal quase todo dia tem uma crise no palácio.

E Sérgio Moro não pode agora ser tachado de bandido ou esquerdista. Seu trabalho na Lava Jato jamais será esquecido e muita gente o associou a Bolsonaro na campanha e nas urnas.

Eu não sei o que está vindo aí, mas torço para que o gigante permaneça em pé e em movimento e que o que vivemos há alguns anos nunca mais se repita.

Sérgio Moro deverá ser cortejado por vários partidos políticos para a eleição presidencial de 2022. E fará muito barulho.

Continuo ao lado do presidente mesmo depois desta barbeiragem.



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