Blog do Sarico

Boate Kiss


A Justiça gaúcha confirmou a data do julgamento de três dos quatro envolvidos no incêndio da Boate Kiss, que no próximo dia 27 completa 7 anos e que matou 242 pessoas, em Santa Maria (RS). O júri será no dia 16 de março, às 10h, no Centros de Eventos da UFSM. O quarto acusado será julgado em Porto Alegre.

O julgamento, por haver três envolvidos, deverá durar mais de uma semana. Ao final, o trio e mais o que será julgado na capital gaúcha, deverão ser condenados, pois a Justiça deverá dar uma resposta aos familiares das vítimas e ao povo gaúcho depois de tanta demora com os tradicionais “jeitinhos” jurídicos.

Nesta tragédia que abalou o Brasil, não dá para se dizer quem é o maior culpado e quem não o é, pois ao meu ver houve uma sucessão de erros envolvendo o Estado (Corpo de Bombeiros), o Município, os proprietários da boate e os músicos da banda.

Eu penso assim. Se os bombeiros tivessem ido na boate e comunicado aos proprietários que existiam irregularidades nela e que precisariam ser resolvidas o mais rápido possível. Se a Prefeitura não tivesse dado o alvará de funcionamento da mesma por estar fora dos padrões de segurança. Se os proprietários da casa não tivessem pensado apenas no lucro e tivessem analisado, previamente, os perigos que a mesma oferecia aos frequentadores em caso de algum incidente, toda essa tragédia poderia ter sido evitada. E por fim, se o músico aquele não tivesse acionado o artefato pirotécnico. Se tudo isso tivesse sido levado em conta a vida teria seguido normalmente e ninguém teria sofrido tanto com tantas perdas e abreviatura de futuros. Houve muitos erros e muitos que falharam.

E, diante disso tudo, será que Santa Maria aprendeu algo com a Boate Kiss? Será que os eventos não continuam superlotados na cidade? Será que a fiscalização estadual e municipal e os órgãos competentes estão cumprindo seu dever?

Em tempo. Três dos jovens mortos naquele incêndio eram aqui de Tapera (RS) e estavam estudando na cidade, todos de famílias conhecidas e amigas e que tiveram suas vidas interrompidas por um erro coletivo.



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