Estádio, futebol e recordação

No domingo (29), estive no Estádio Dr. Avelino Steffens, do Grêmio Esportivo América, aqui em Tapera (RS), para ver a primeira partida da final do Campeonato Regional de Futebol de Campo entre Tapera e Alto Alegre, vencida pelo time local por 2 a 1, de virada. E vendo o jogo e comendo um cachorro-quente com uma cervejinha bem gelada, lembrei do tempo em que aos domingos à tarde subíamos o morro para ver os jogos do América pelo Estadual de Amadores, e que jogos eram aqueles. Cada um era uma guerra, pois ninguém queria perder e todos os times eram bons.

Após termos começado os trabalhos da então Rádio Gazeta, em 1982, no ano seguinte começamos a transmitir jogos de futebol de campo. Eu comecei a atuar como repórter esportivo em 1984 e trabalhei em uma infinidade de jogos com o América em Tapera e por muitas regiões do Estado.

Nos anos 1980 tínhamos mais de 200 equipes no Amador. Só aqui na região havia uns 50 com a maioria dos municípios tendo dois times. Era uma loucura aquilo, organizado por regiões que ia afunilando com quadrangulares. E a coisa foi indo e indo e hoje não existe mais o Campeonato, que acabou se tornando muito caro.

E a situação do pavilhão social do campo do América preocupa pelo estado do madeirame que está apodrecendo e vai cair devido à umidade e a falta de conservação. No domingo reuniu bom público lá para ver o jogo, agora, aquilo não ficará muito tempo no lugar e espera-se que caia quando não houver ninguém no local.

O pessoal de Alto Alegre e Lagoa dos Três Cantos, presentes ao jogo, observaram e comentaram sobre o estado do estádio americano. Acho que está na hora do veterano do América, que administra o estádio, e o executivo municipal conversarem para fazer alguma coisa, afinal o Dr. Avelino Steffens é patrimônio do município e muita coisa poderá ser feita naquela bela praça esportiva.