Blog do Sarico

A “Brasa” quer mais segurança


Na última terça-feira (28), estive no Centro Comunitário Padre José Soder, no bairro Brasília, aqui em Tapera (RS), participando da audiência pública sobre segurança promovida pela sua associação de moradores, a AMBB.

O evento contou com a participação de representantes do Executivo, Legislativo, Ministério Público, Polícia Civil, Brigada Militar, GAP e Conselho Tutelar. Quem faz e resolve estavam todos lá.

Pela importância do assunto e das presenças acho que a audiência deveria ter mais público. Os bairros em volta do Brasília estão sofrendo com o tráfico e o consumo de drogas. E a coisa anda insustentável naquela parte da cidade. A policia disse que faz sua parte, porem o tráfico é mais ágil que o Estado (polícia e judiciário), pois se um traficante é retirado de cena imediatamente outro ocupa seu lugar. E o tráfico só existe por que existe consumo. O MP e as policias informaram que somente poderão realizar melhor seu trabalho se houver a colaboração da população, denunciando, sem medo. Se bem que esta questão é como enxugar gelo, por que o problema não termina. A polícia prende e a Justiça condena ou solta e logo outros estão agindo, por que traficar é a maneira mais rápida de se adquirir bens em geral, sem falar que muitos traficantes ajudam na renda familiar com anuência da família. Foi dito que jovens roubam coisas de suas casas e saem pelo bairro para vender para comprar drogas. Os relatos feitos impressionaram.

Na audiência, o presidente da AMBB, Duio Siqueira, pediu às autoridades quatro câmeras de monitoramento para serem instaladas na escola, no Parque Guajuviras, no ginásio de esportes e na farmácia; também um módulo para a Brigada Militar e melhorias na iluminação pública no bairro e loteamentos.

O problema daqueles bairros existe, é grande e muito complicado e a tendência é só piorar. As comunidades poderiam ter participado da audiência e dado mais informações que possam amenizá-lo, o tráfico e o consumo de entorpecente. Se bem que o problema não é exclusivo de lá. O centro e os demais bairros enfrentam o mesmo problema aqui em Tapera. A “doença” está disseminada por aí e não faz escolhas.

Na real, o tráfico somente acabará se não houver consumo, pois sem consumo o traficante muda de ares. Tráfico é mercado e ele funciona assim.

Resumindo a “ópera” toda. O cenário somente mudará se: acabar o consumo, a comunidade ajudar a polícia denunciando estes e outros crimes, sem medo; e os pais começarem a se importar de verdade com seus filhos e vê-los como tal.



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