Blog do Sarico

Os novos ricos


A revista Veja deste mês traz reportagem com os advogados que defenderam os réus na Operação Lava Jato e de outras e que não são poucos. Pois, a matéria desgostou a maioria dos advogados brasileiros que não tiveram a oportunidade de defender as personas envolvidas, e de tabela, ganharam fortunas em honorários. Muitos destes causídicos especializados em confrontar juízes, procuradores e ministros, foram pagos a peso de ouro. E não é pouca coisa.

Estes advogados, preparadíssimos, para não deixar a “vaca” secar vão a público jurar de pés juntos que não existem provas contra seus clientes, como que a PF, PGR e juízes não sabem o que é um crime, um indício ou uma prova. Eles vão jurar para sempre que tudo foi uma armação. E vai ter gente que acreditará cegamente neles. Só que houve prejuízo à nação, empresas foram prejudicadas financeiramente, houve pagamento de propina e muita gente levou muito dinheiro nesta “brincadeira” toda. E isso não é armação.

Aliás, como me disse um amigo nesta semana e cai muito bem nessa história podre e triste do Brasil. Em tudo na vida existem três verdades: a de um lado, a do outro lado e a real. Quer dizer: não existem duas verdades.

Só que agora terminou o dinheiro e como ficará a coisa? Sim, por que esse pessoal combinou um valor e vai querer recebê-lo. Mas, e o dinheiro virá de onde? Era só que faltava os advogados, por vingança, começarem a desistir dos casos e a se desmentir. O dinheiro é desgraçado, pois tem o poder de acabar com tudo. Até com a parceria entre pessoas de conduta duvidosa.

E na capa da Veja aparece o advogado Adriano Bretas, atual defensor do petista Antônio Palocci, um dos cardeais do PT e do esquema todo. E, dentro dela, aparece Bretas, em seu escritório gigante, com um terno caro e bem cortado, fumando seu charuto preferido, o Cohiba Behike, de R$ 350 reais a unidade. E rindo sarcasticamente, certamente, dos brasileiros.

E viva a Lava Jato. E que ela dure muito tempo. Esses advogados maravilhosos não querem o seu fim, de jeito nenhum.



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