Blog do Sarico

Um selbachense campeão do Brasil


Nesta semana, olhando a página no Facebook do radialista Zé Luiz Ortiz, narrador da Cultura AM de Tapera e comunicador da Amizade FM de Ibirubá, vi que ele falou sobre o selbachense Marquinhos Gabriel, campeão brasileiro pelo Corinthians.

Mas, no que botei o olho no texto dele um filme passou pela minha cabeça, pois vi a cria do Osmar e da Catarina crescer. Morei em Selbach por quase 20 anos e fui um dos fundadores da AVECS (Associação dos Veteranos do Canarinho de Selbach) e o Osmar era um parceiro do time, um grande meio campista, diga-se de passagem. Filho de tigre nasce listrado, mesmo.

Mas, do Marquinhos, lembro quando a AVECS entrava em campo, nos sábados à tarde ou domingos pela manhã, em casa ou fora, e enquanto nós aquecíamos naquele tradicional chutes a gol, para aquecer na verdade o goleiro, o Marquinhos e os demais meninos filhos dos jogadores, ficavam jogando bola em uma das laterais do campo. Eu enlouquecia quando ele vinha e se metia no meio da “veiarada” querendo chutar também. Ele fazia isso de propósito, pois sabia que eu iria “berrar”. E ali já se via que o piá era diferenciado e que tinha muita intimidade com a bola e isso foi sendo aprimorado com o tempo.

A gente via que o Marquinhos driblava, passava, chutava e concluía bem. Era diferenciado dos demais garotos, tanto no campo como no salão. Se bem que lá tinha um grupinho que era diferente, que sabia o que fazer com o balão de couro nos pés.

Eu gostava de mexer com os meninos e era aquela confusão. Quando podiam eles vinham com tudo, em grupo, para cima de mim, para dar o troco. Era assim nos jogos e nos eventos na sede do clube. Hoje, todos homens feitos, quando os encontro lembramos do que fazíamos e damos boas risadas.

E o Marquinhos Gabriel era um desses meninos. Lembro dele por ser um bom guri. Faz tempo que não converso com ele, mas pelo que me contam dele continua humilde, o que é maravilhoso.

O Osmar e a Catarina devem estar muito orgulhosos do seu menino, que nascido no Bairro União ganhou o Brasil. Mas, tinha de ser com o Corinthians? Eu como bom Colorado que sou, não esqueço 2005, um ano que para nós não acabou. Ah, o “Corintia”…

Mas, agora é hora de se comemorar, pois um filho de Selbach foi campeão brasileiro. Só isso. E pelo clube mais popular do País. E concordo com o Zé Luiz que o município deve prestar uma homenagem ao Marquinhos, que também foi atleta do América de Tapera no futsal. Afinal, não é todo dia que um filho da terra se torna campeão do esporte mais popular do planeta e justamente no País mais vencedor nele.

Parabéns, Marquinhos. Selbach tem muito orgulho de você, seu filho mais ilustre. De todos os tempos. E, por tabela, a AVECS também.

Em tempo. Se o Marquinhos me mandar uma camisa sua autografada, prometo que a guardarei com carinho. Do “Corintia”, né?



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