Sorte no colo
Sou colorado e não escondo, assim como tenho uma série de preferências que não escondo. Acontece que, no mundo atual, não existe essa de ficar em cima do muro e apenas noticiando fatos sem se posicionar. Esse tipo de jornalismo não assenta em tempos de democracia, liberdade, internet e tecnologia por todos os cantos. Basta ver que, no mundo todo, os maiores veículos de imprensa se posicionam politicamente e até contribuem nas campanhas políticas. Imagine…
Mas, o que quero é falar do Inter. Não sei, mas pode ser que o Colorado pode ter sido Tricampeão da Libertadores com essa confusão que o Boca Juniors criou ontem, em casa, na La Bombonera, para cima do River Plate, seu maior rival. No primeiro jogo, no Monumental de Nuñes, deu River, 1 a 0. E agora, no jogo da volta, o mesmo estava empatado em 0, quando a torcida xeneize, no intervalo, jogou gás de pimenta nos jogadores do RP. O juiz parou o jogo, esperou duas horas e suspendeu a partida, deixando tudo para a Conmebol que deu a vitória ao River e, consequentemente, a classificação.
A Conmebol, ao punir o Boca, agiu certo para moralizar a competição, afinal não vivemos mais nos anos 60, 70 e 80 quando os argentinos deitavam e rolavam em cima de todos os clubes sul-americanos, com a anuência da mesma Conmebol.
O Inter entrou na Libertadores com a sorte agarrada ao pescoço. O time é bom e fez grandes partidas, especialmente contra o Atlético MG, uma das melhores equipes da competição. Com bom time, bom futebol e marcando gols o Colorado foi subindo e tem o terceiro melhor aproveitamento dos 32 times que começaram a Libertadores 2015. Mas, de nada adianta ser o melhor se não tiver um pouco de sorte e ela é tão desgraçada que escolhe onde sentar. E está acontecendo com o time do Beira-Rio.
Com a saída do Boca Juniors da Libertadores, ele que tinha a melhor campanha, o Inter cresce. Apesar de ter a terceira melhor campanha, em caso de pegar o Tigres, que tem a segunda melhor, se der Inter e o clube mexicano na final, a segunda e decisiva partida será no Beira Rio, isso porque o regulamento da Comenbol determina que a decisão da Libertadores seja na América do Sul.
Que tal? E tudo começou com aquele gol do Fabrício, contra o Atlético MG, no final do Brasileiro do ano passado. Lembra?
Tem cheiro de TRI no ar.
Se um dia tu deixar de ser partidário ou torcedor doente, teu diploma de jornalista terá mais valor. Abraço.
Com relação a partidário, concordo 100 %.
Ultimamente os jornalistas, ao invés de simplesmente noticiar, querem opinar, e, com frequência, modificar os fatos.
Isso acontece amiúde, aqui nesse blog.
E pior fica quando se compara laranjas com bananas, se põe palavras na boca de outros, transforma uma ilação em fato, e acha que provas só são importantes quando contra o PSDB.
Contra o PT elas não fazem a menor falta. Basta um doleiro bandido citar um nome, um corrupto “achar” qualquer coisa, e pronto, no dia seguinte a Polícia Federal, a rede Globo, numa ação espetaculosa (Gilmar Mendes) com direito a algemas, furando um segredo de justiça, já levam o “petralha” por diante.
Não é assim?
Quem sofre de partidarite inevitavelmente tem torcedorite, e vice versa.