Blog do Sarico

O Salão Azul


Essa foto me foi enviada pelo amigo Luiz Alberto Feck, taperense que há anos reside na grande Porto Alegre. O Feka é um leitor do Blog e do JEAcontece e nos brindou com esta maravilha do passado taperense: o Salão Azul.

O Salão Azul, que conheci, funcionou durante muitos anos onde é hoje a estação de tratamento do antigo Curtume Tapera, ao lado do Posto Ipiranga. Ele foi criado pela direção do Curtume Mombelli, pelo seu fundador, Guido Mombelli, para servir de “clube” para os funcionários de sua empresa. O SA também serviu a comunidade taperense. Naquele local aconteceram muitos bailes e muitas festas em geral.

Um amigo me contou que certa vez, nos anos 60, logo após a emancipação de Tapera, o cantor José Mendes, autor do grande sucesso Para, Pedro e de tantos outros, antes da fama, trabalhou na empresa que realizou a canalização dos rios e arroios do novo município e que, no Salão Azul, realizou as suas primeiras apresentações nos bailes que lá aconteciam.

Sobre o José Mendes, ele me contou que certa vez ele se enamorou por uma morena taperense, moça muito bonita. Querendo algo com a bela mulher, num dos bailes no Salão Azul, teria dado a ela uma rosa que, educadamente aceitou, mas seus olhos estavam voltados para um moreno que viera de fora, como José Mendes, para trabalhar no Curtume. Depois de alguns meses, após encerrada a obra em Tapera, José Mendes foi embora, deixando a morena para trás.

O amigo, que não quis me contar quem era a morena. Disse que ela ainda reside em Tapera e que não se casou com o moreno aquele. A dúvida. Será que ela guardou a rosa que ganhou do José Mendes? O cantor, depois de deixar Tapera, começou a tocar em bailes por onde passava e para o sucesso foi um pulo. Uma única vez, depois da fama, esteve em Tapera. Ele tocou num circo que estava localizado no terreno hoje estão a Bellamaglia e a Gradual. Eu assisti ao show. Imagine, naquele tempo, ver José Mendes no cinema e depois ao vivo.

O Salão Azul é, sem dúvida, um dos pontos históricos do passado de Tapera que não mais existe, mas que ficou marcado. Seu nome decorre porque ele era pintado de azul, como todas as casas pertencentes ao Curtume e onde residiam seus funcionários. Outra coisa. Repare na foto a frase escrita na lateral do prédio: AZUL PARA TODOS.



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