O secretário vazou
O secretário de Segurança de São Paulo não aguentou a crise – execuções – que assola o Estado e pediu para sair. Não aguentou a pressão e não conseguiu virar o “jogo” contra a bandidagem.
E não vai faltar quem defenda os bandidos nesta guerra, achando-os fracos e oprimidos. E que a polícia é má. Toda ela.
Um exemplo clássico de notícia tendenciosa.
Quando o próprio Secretário que sai e o Secretário que entra admitem que a polícia paulista está viciada e até o Delegado Regional denuncia que os Arquivos da Polícia foram revirados sempre e antes de qualquer chacina paulista, não é necessário que alguém venha, como proclama a notícia, defender bandido ou injuriar a polícia.
Aqueles policiais que fazem justiça com as próprias mãos e utilizam meios cruéis, mesmo para bandidos, certamente contribuem para o recrudescimento da onda de violência.
E muito menos que essa tragédia seja um “jogo” a ser vencido, até porque o único perdedor é a sociedade que paga uma fortuna para ser protegida.
Quero registrar aqui um elogio à Globo.
Enquanto blogueiros afoitos saíram culpando bandidos, deputados e juízes pela violência em São Paulo e Santa Catarina, trilhando o caminho mais curto e fácil, a Globo seguiu uma linha diferente, cobrando atitudes da polícia paulistana. Sou testemunha ocular do seu esforço, por mais de uma semana, da divulgação do assassinato do servente da construção civil, buscado em casa, desarmado, por 4 policiais mais o tenente que comandava a operação. A Globo exigiu, desde o primeiro dia, a divulgação pelo menos dos nomes dos “agentes de lei” envolvidos. Não fosse um filme amador e o esforço da emissora, nós, os imbecis de sempre, estaríamos convencidos que o servente , armado e perigosíssimo, reagiu e obrigou a polícia a matá-lo.
Hoje, finalmente, graças a este esforço, a Promotoria Pública enquadrou os cinco, e chamou esse crime de covardia explícita.
Enquanto isso, este ansioso blogueiro continua creditando todos os crimes ao Movimento dos Direitos Humanos.
Atenção tubarões que nadam na costa este de São Paulo.
O caldeirão fumegante do ministro Joaquim Barbosa já foi aceso, e em breve teremos carne fresca. Com gosto de queijo de Minas.
A julgar pela forma que os tucanos descartam quem não serve mais, e só atrapalha, vem uma tropa aí, pronta para o sacrifício, capitaneada pelo senador Eduardo Azeredo, prestes para ser jogada ao mar.