Presidente
O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do Mensalão, tem sido cogitado para ser candidato a presidente da República. Site com este objetivo já recebeu mais de 300 mil acessos. Será que o Brasil terá seu primeiro presidente negro?
Mas, Barbosa já disse que a politica não está nos seus planos depois que deixar o STF.
Nem sempre concordo com o que o Juremir Machado da Silva escreve. Mas admito que jamais possa ser confundido como esquerdista, e muito menos comunista, ou vermelho, como o blogueiro gosta de nos chamar. Por isso, vale a pena ler sua coluna (Massacre de Lula), no Correio do Povo de hoje (30/10). Para quem não pode (ou não quer ler), transcrevo alguns trechos:
“O STF adotou novas regras, novos procedimentos e uma teoria sob medida para a ocasião, a teoria do domínio do fato, para punir os mensaleiros com dureza. Faz bem. Por que não agiu assim antes? Não estava maduro? O Brasil não queria antes condenações tão pesadas? Os réus não eram adequados? Por que não se teve a mesma firmeza quando Fernando Henrique Cardoso foi acusado de comprar votos para aprovar a emenda constitucional que garantiu sua reeleição? Por que José Sarney sempre escapou ileso? (…) Há gravações em que deputados admitem transações ilícitas para garantir a vitória da emenda tucana da reeleição.
(…) O Brasil teve três experiências singulares à esquerda. Na primeira, quando um presidente, que fora ditador de direita (Getúlio), tornou-se de centro-esquerda, o lacerdismo denunciou um esquema de corrupção jamais visto no país (veja que coincidência) e o empurrou para o suicídio.
Na segunda, quando um presidente latifundiário acenou com uma reforma agrária, foi derrubado pelos militares com apoio civil do lacerdismo em luta contra a corrupção.
Na terceira, quando a esquerda, com um operário, chegou ao poder, foi levada ao banco dos réus por ter comprado a direita, que sempre comprou todo mundo ou se vendeu sem ser condenada. As regras do jogo foram alteradas pelo STF para consumar as condenações num surto inédito contra a impunidade.
(…) Na primeira vez, o presidente morreu, mas a direita ficou fora do poder. Na segunda, o presidente caiu, uma ditadura foi implantada e, assim que ruiu, a esquerda voltou a espreitar o poder até se instalar nele. Nesta terceira vez, as condenações justas e necessárias não parecem em condições de afetar o longo reinado de Lula e Dilma, que, para desespero da direita, deverão completar, no mínimo, 16 anos de poder.
(…) Enquanto isso, Lula segue soberano. Poste é com ele”.
De modo que fica cada vez mais distante e inviável, Sarico, a suposta candidatura do teu novo ídolo, para a presidência da República. Talvez por isso ele não aceite.
A menos que peça permissão ou se torne o novo poste de Lula.