A desinformação não dá trégua
Nesta semana, em um grupo de WhatsApp, me deparei com o print de uma postagem do Facebook que afirmava que os EUA haviam comprovado a vitória de Bolsonaro na última eleição presidencial, com provas técnicas e científicas, e que Lula não seria mais o presidente do Brasil.
Não surpreso, fui conferir (como sempre faço, com toda e qualquer informação que chega até mim) e, para variar, a postagem não correspondia à realidade. Ora, por que diabos os EUA iriam intervir em nossas eleições? E tanto tempo depois? Não faz sentido!
Mas, é exatamente esse o objetivo da desinformação e das teorias da conspiração: mexer com as emoções e com as paixões das pessoas – principalmente, daquelas que só pensam em política, 24 horas por dia. Chega a ser uma obsessão doentia.
Essas mentiras vão sendo propagadas nas redes sociais por essas pessoas fanáticas, que acabam se inserindo em uma bolha, onde só circula esse tipo de conteúdo enganoso. E, com isso, o fanatismo, automaticamente, vai aumentando. E vai virando uma bola de neve.
Eu penso que é preciso ter um pouco de senso crítico diante das informações que recebemos no WhatsApp ou que visualizamos nas redes sociais. Não se pode sair acreditando em tudo – mesmo que esses conteúdos estejam alinhados com a nossa posição política e ideológica. Não é porque eu concordo com a postagem que significa que, necessariamente, ela é verdadeira.
Além disso, precisamos ter em mente que existem pessoas (físicas e jurídicas) que ganham muito dinheiro apenas criando conteúdos enganosos, de péssima qualidade, diga-se de passagem. Isso porque existem públicos que consomem essas desinformações e vão repassando-as adiante. Os produtores das fake news faturam alto e, se duvidar, ainda se divertem com a ingenuidade e a cegueira do pessoal.
O fato é que a desinformação não dá trégua e é muito difícil de combatê-la. Mas, eu tento fazer a minha parte como profissional da informação.
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