Aqueles campeonatos de futsal de Tapera
Antigamente, quando só existia o Tenarião aqui em Tapera (RS), lá pelos anos de 1960 e 1970, o CMD organizava belos campeonatos de futsal que reunia bons times, com bons jogadores daqui e de fora, todos com muita disputa para alegria da torcida que lotava o ginásio nas noites de quarta e sexta-feira.
Eu acompanhei muito jogos com disputas pegadíssimas, tudo na regra velha. Imagina o pau que rolava dentro daquela quadra de madeira.
O Tenarião tinha três conjuntos de arquibancadas, ficando de fora apenas o lado para a Rua Mauá. E tinha ainda o pessoal que ficava em pé na rede. O barulho dentro do salão era ensurdecedor, principalmente quando havia jogos entre times com torcida grande, sem esquecer os clássicos entre Kings Club e Agrotap, que falarei na sequência.
E os jogos no Tenarião, a exemplo dos no América, no seu estádio aos domingos à tarde, o cachorro-quente era obrigatório. Ainda hoje é possível sentir o cheiro deles e também daquela massagem utilizada nos jogadores dentro do minúsculo ginásio.
Alguns times que marcaram época em Tapera, que eu lembro: Bomba H, Fórmula 1, Bola 11, Banco do Brasil, Toniolo (que construiu a ERS 223), Tapera Bureau, Loja Maldaner, Fênix, entre outros.
De todos os times que jogaram o Municipal consegui foto de dois deles, dois bons times com gente que jogava muita bola: o Loja Maldaner e o Tapera Bureau. Nas fotos, muitos dessa turma ainda estão por aí, outros estão em outras cidades e estados e alguns já não estão mais entre nós.
A Loja Maldaner, de propriedade de Edvino Maldaner, ficava ali na Avenida onde está hoje a Farmácia São João, e o Tapera Bureau, de Hermes Crestani e onde trabalhei, ficava onde hoje está o Escritório Ritter, na Duque de Caxias.
No time do Tapera Bureau jogava um jovem vindo do interior e que alguns anos depois se mudou com a família para Não-Me-Toque. Era Nei César Mânica, hoje presidente da Cotrijal, uma das maiores cooperativas de produção do País, e uma das maiores lideranças do agronegócio brasileiro.
Os melhores campeonatos de futsal de Tapera foram realizados no Tenarião, tendo muito craque desfilando naquela quadra de tábuas. Depois vieram a AFUCO (1983) e o Poliesportivo (1989). Todos tiveram campeonatos, mas não o brilho e o charme do Tenarião, talvez pelo seu tamanho, que às vezes se transformava num cadeirão.
Nestes campeonatos muita gente foi revelada e que vestiu a camisa do Kings Club nas disputas do Estadual da 1ª Divisão, hoje Série Ouro.
O Kings fez jogos no Tenarião contra grandes times gaúchos lá pelos anos 1970, como Inter, Grêmio, Gondoleiros, Teresópolis, Triches, entre outros. Em 1979, houve uma cisão no clube e a Agrotap foi fundada vindo para o Estadual no ano seguinte, em 1980.
Kings e Agrotap jogaram o Estadual no Tenarião até 1982. A torcida do Kings ficava na arquibancada para a Rua Tiradentes e a da Agrotap do lado oposto. Depois, os jogos se transferiram para a Afuco, onde jogaram até 1988 e, por fim, em 1989 foram para o majestoso Poliesportivo.
Em 1989, a Agrotap parou com o futsal e o Kings prosseguiu até 1992 quando parou. Naquela época, como hoje, os custos obrigaram ambos a encerrar a sua participação em campeonatos oficiais. Em 1995, surgiu o América para unificar o futsal em Tapera, sem sucesso fora da quadra, por que dentro dela fez bonito com dois títulos estaduais da Série Prata (1996 e 2003), um vice (2010) e mais alguns regionais. Sem folego para mais nada, a equipe parou as suas atividades em 2020.
Hoje, Tapera, possui um dos mais belos ginásios de esportes do Estado, sendo que times que disputam a Liga Futsal Nacional não dispõem de um sequer parecido, não disputa nenhuma competição de relevância. E se um dia voltar terá de fazer um grande e diferenciado trabalho.

Sarico, a Capela Mortuária de Tapera está com algum problema?
Pq o velório do Dr. João Vianei não se realizou lá?
Olha, penso eu que é pelo espaço e por quem foi o Dr. João, ligado ao hospital e tambem à igreja.
Mas que pergunta. Era o Dr. joão Vianei!
Ah, ok!!!
Então tem morto que é mais morto que outro morto.
Entendi!
É, depende bastante do feito de cada um em vida.
Sim, bem vindo ao capitalismo
Não é questão de ter “morto que é mais morto que outro morto”, é questão do que a pessoa representa/representou pra sociedade, não só pra nossa cidade, mas para toda região. Depois de ter salvado tantas pessoas e ajudado no desenvolvimento da saúde, nada mais digno que uma singela “homenagem” em sua partida.
Só por isso?
Sim, pessoas que contribuem pra sociedade principalmente a sua comunidade, no caso catolica, as vezes ocorre de serem velados la. No seu caso que deve ser um nada, nem velorio vai ter, é chão direto kkk
Cazuza tinha razão…
A burguesia fede!
Coisa triste isso do ser humano, também sou de família humilde, corri de atrás e não fico me vitimando, o Dr João ajudou muito minha família, tendo ou não dinheiro para pagar seus serviços, certamente está junto a Deus , só tenho a agradecer a pessoa que foi, entendam que não é uma competição de classes sociais, tem ricos e pobres do bem e tem sujeitos que fazem um comentário maldoso desses
Parabéns pelo comentário acima.