O Natal, o Tempo e as Famílias
É notório que, para os Cristãos, o Natal significa a celebração do nascimento de Jesus Cristo. Mas, essa data também acaba sendo sinônimo de alegria, de reunião, de confraternizar com familiares e com pessoas queridas – sendo que, para muitos, essa é a única oportunidade de encontro, tendo em vista a distância e a correria do cotidiano, as quais impedem que as pessoas se vejam com maior frequência durante o ano.
Entretanto, nesse contexto, pouco se fala sobre como a dinâmica de reunião familiar acaba se modificando com a partida de um entre querido, especialmente, os avós – que são o cerne da família, os responsáveis por unir toda a sua prole, descendentes e agregados.
Assim, quando o último ascendente vivo se vai, infelizmente, a maioria das famílias acaba se desfazendo – em razão de uma movimentação natural da vida, e não necessariamente por conta de desentendimentos. Parece que o elo que sustentava todas aquelas pessoas unidas se rompe e, com isso, perde-se o brilho e o sentido das comemorações conjuntas. E, assim, os núcleos familiares se dividem, cada um tomando o seu rumo na noite de Natal.
Desse modo, os filhos daqueles pais que já se foram acabam acompanhando os seus próprios filhos e filhas, noras e genros, juntamente dos netos. A partir disso, vão surgindo outras novas famílias. E aquela família de origem vai ficando cada vez mais distante. O que resta é apenas uma lembrança dos Natais felizes que já foram vivenciados nas diversas fases da vida.
Quem já passou por isso sabe do que eu estou falando. E àqueles que ainda desfrutam do privilégio de passar o Natal (e outras datas comemorativas) com os seus pais e avós: sugiro que aproveitem bem estes momentos, que são muito preciosos, e, infelizmente, um dia acabam. Com o tempo, as cadeiras vão ficando vazias ao redor da mesa ou vão sendo preenchidas por outras pessoas. É a vida, as gerações em movimento.
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