Academia Taperense de Letras
Já há algum tempo venho escrevendo aqui que Tapera, pela cultura que produz e por ser a “Cidade Cultura” da região, já deveria ter a sua Academia de Letras (ATL).
Para se ter uma ideia, só na área literária, Tapera possui 44 autores, sendo que destes 36 estão vivos, espalhados por este mundão de Deus, e 8 já deixaram este plano. Lembrando que existem obras com dois e três autores, mas não deixam de serem autores. Para um município de menos de 10,5 mil habitantes o número de escritores é considerável, convenhamos, e cabe bem a Academia.
Tem municípios por aí, bem maiores do que Tapera, que não possuem nem a metade de autores que temos aqui. Em Tapera, livro é objeto de consumo, como mostrou a recente Feira do Livro, em sua 32ª edição.
O Jairo Ferreira, escritor, radialista e membro da Academia Soledadense de Letras, que passou um bom período em Tapera, lançou na Feira, o seu 10º livro de crônicas, e provocou o município a criar a sua Academia Taperense de Obras e Artes, afinal, segundo ele, Tapera é “Cidade Cultura” e por isso é justificável que tenha uma.
No último dia 14, o Marcelo Haag, no seu programa diário na Rádio Cultura, destacou a necessidade de Tapera ter a sua Academia de Letras.
A ATL não teria apenas escritores, mas toda pessoa que, de uma forma ou de outra, produz cultura e arte em geral. E aqui em Tapera se produz muito disso. A vereadora Vanize Rutzen, na última sessão da Câmara de Vereadores, fazendo uso da tribuna, disse que Tapera possui um grande potencial artístico não devendo nada a ninguém e que precisa deixar os limites do município. Concordo com ela.
Enfim, a ATL está caindo de madura.
será que vão usar aquelas capas? espero que cada um pague a sua. e não a mae de todos. dinheiro publico nisso aí tambem? e quem vai escolher OS IMORTAIS?
Se os verdadeiros escritores da cidade não são valorizados nem na feira do livro, imagina quem participaria dessa academia de letras? Uma pessoa rica que resolveu se autopublicar? Bem possível. Chamaram um escritor que escreve para terceiros (ghost writer – vergonha alheia!) de fora para participar da feira do livro quando temos talentos locais.