Blog do Sarico

A história dos hotéis de Tapera


Tapera, como vila, distrito e município, teve vários hotéis, pousadas e pensão ao longo da sua história de mais de 126 anos.

Vou aqui resgatar uma parte desta nossa história. É possível que algum estabelecimento venha a ficar de fora tendo em vista que não há nenhuma pessoa viva que acompanhou os primórdios do nosso município para dar o seu testemunho. E muitas famílias passaram por aqui no começo de tudo e depois foram embora, como você poderá conferir a seguir.

O primeiro hotel da ainda Vila Tapera, foi o dos Viajantes, de José Sarturi, que ficava ali onde está hoje a loja Quero Mais Doces, na esquina das ruas Rui Barbosa e Duque de Caxias, em frente à praça central. Ele foi construído em 1907, de madeira, por Ernesto Camperin. Anos depois, José Sarturi o comprou e o demoliu, e construiu um novo, novamente de madeira, mas desta vez com dois pisos. Mais tarde, a sua direção passou para José Paulino Simon. O prédio foi demolido nos anos 1970 e no seu lugar construído uma casa e anos mais tarde o que está aí.

O segundo foi o Hotel Riograndense, de Dovílio Nicola. Ele foi construído em 1923, no prédio onde funcionou por muitos anos o Supermercado do Bruno e que hoje no local tem um prédio de alvenaria com moradias e lojas, entre as quais a Utilar, o Bradesco, entre outros.

O terceiro foi o Hotel Central, de Júlio Henrich, construído em 1926. O mesmo funcionou em um prédio de madeira localizado onde hoje está o de alvenaria que abriga o City Bar, a ACIT, entre outros.

O quarto foi o Hotel do Ruschel, de um irmão do farmacêutico Osvaldo Ruschel, cuja farmácia ficava onde hoje está o CAIS, e que funcionou onde hoje está o Auto Posto Tapera, na Avenida XV de Novembro. Inicialmente no lugar funcionava o salão de baile do Franzel.

O quinto hotel, que o pessoal não lembra o nome, foi construído em 1960 por Danilo Steffens. Mais tarde, ele foi vendido para os irmãos Desidério e Armelindo Pastório. Anos depois, Vitório Pastório assumiu o mesmo e mudou o seu nome para Hotel Pastório. Ele ficava ali onde estão hoje a Comark, o Mercado da Fruta, entre outros. E dele lembro das jantas que serviam, dos bifes enormes na chapa do fogão a lenha e do buchinho (mondongo) nas noites frias de inverno.

O sexto foi o Taperinha Hotel, construído em 1960, por João Claudius Bervian e Dionísio Lothário Chassot, este o primeiro prefeito de Tapera (1955-1959). Anos depois, Bervian ficou sozinho no negócio. O Taperinha foi desativado em 1977.

O sétimo foi o Tapera City Hotel construído em 1962 por um grupo de pessoas locais em sistema de cotas. Nos anos 1990 o mesmo encerrou as suas atividades e ficou inativo por longos anos. Nos mais de 30 anos de hotel o City foi administrado por várias pessoas, entre os quais o Ilmo Linné e Nino Corazza.

O interior também tinha hospedagem:

Na Vila Raspa, havia a Pousada Viero. Quando chovia muito e não dava para atravessar o rio Jacuí os tropeiros ficavam nesta pousada que tinha uma vasta área de pasto onde podiam acomodar o gado.

E na Barra do Colorado, onde Tapera começou, na Casa Comercial Simon, havia também uma pousada que ainda servia almoço.

Hoje, Tapera tem cinco hotéis: Imperial, Walença, Vanguarda e o City Hotel, que foi reativado, além do Primavera, na Linha Teutônia.

Nesta recuperação de parte da nossa história tive a colaboração do Nadir Crestani, do Lothari Junges e da Kati Simon.

 



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