Blog do Sarico

Para onde caminha a humanidade?


Afinal, para onde caminha a humanidade, com essa necessidade de depender das máquinas para tudo? Penso que o homem está trilhando um caminho muito perigoso, nesse sentido. No momento, pode estar sendo tudo às mil maravilhas, pois estamos curtindo todas as facilidades e todo o conforto proporcionado pela tecnologia, que está presente em todos os âmbitos da nossa vida.

Mas, será que as máquinas e a inteligência artificial não vão acabar comandando o mundo, um dia? Parece filme de ficção científica tudo isso, não é mesmo? Mas, pensa bem.

Atualmente, já podemos perceber, por exemplo, que a evolução tecnológica está ameaçando empregos. Frequentemente, tem-se notícias de que as máquinas estão substituindo a mão-de-obra humana e, consequentemente, fechando postos de trabalho ou tornando obsoletos determinados ofícios.

Um exemplo clássico dessa questão, sempre visto nos filmes estrangeiros, é o do abastecimento dos veículos com autoatendimento. Nesses lugares, não existe a figura do frentista, porque é o próprio cliente que abastece o seu carro e efetua o pagamento, por meios eletrônicos. Aqui no Brasil, inclusive, já tinha até deputados propondo projetos de lei para implantar esse modelo, nos postos.

Outro exemplo é o fato de que, em outros países – e em cidades daqui do Brasil, inclusive – já é possível ir ao supermercado, à farmácia e a outros comércios, com a possibilidade de você mesmo passar as suas compras, empacotá-las e efetuar o pagamento, em uma máquina de cartão. Nesses lugares, ainda existem os caixas convencionais, com os funcionários exercendo as suas funções, mas, em número reduzido. Porque, infelizmente, está se criando essa ideia de que, tendo a máquina – que não é assalariada e não gera despesas às empresas – o humano torna-se dispensável.

Mais um exemplo, nesse sentido: as tecnologias de pagamento digitais (PIX, cartão de pagamento com leitor por aproximação, QR Code), apesar de serem revolucionárias e muito úteis no dia-a-dia, também contribuem, de certa forma, para a extinção de postos de trabalho, pois, com o “desuso” do dinheiro físico, a figura do caixa (da pessoa que recebe pagamentos) acaba perdendo o sentido.

Enfim, destaco que são inúmeros os exemplos que podem ilustrar essa nova perspectiva de mundo que está surgindo. E o setor industrial (e, até mesmo, o agrícola) também estão enfrentando essa redução de pessoas, que estão, cada vez mais, sendo substituídas pela automação.

De maneira alguma, estou defendendo ou incitando, aqui, a extinção de postos de trabalho. Muito pelo contrário: é, justamente, uma crítica sobre a nossa relação com as novas tecnologias e os impactos que isso proporciona na sociedade.

Aos poucos, as máquinas vão dominando o nosso cotidiano, sem percebermos. Até que alguém perde o seu emprego, sob a justificativa de que o seu trabalho não é mais viável, porque o seu serviço será automatizado.

E para onde vão essas pessoas? Conseguem se reestabelecer em outro emprego, em outra função? Como vai ser a sua sobrevivência e a de sua família? Todos esses questionamentos são muito preocupantes.

Reiterando o que eu já havia comentado, obviamente, a tecnologia é muito útil em nossa vida, facilitando nossas atividades e nos trazendo muita comodidade. Mas, acredito que ela está tomando uma dimensão inesperada e impactará a nossa sobrevivência.

Para encerrar esse assunto sombrio, eu trago uma frase que pode ser aplicada nesse contexto – que pode ser interpretada de forma cômica ou trágica, como queira: “a cada dia que passa o apocalipse deixa de ser um medo e se torna uma esperança”.



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