Blog do Sarico

O importante papel da imprensa


As redes sociais ampliaram a liberdade de expressão das pessoas, as quais passaram a ter oportunidade de emitir a sua opinião e produzir os próprios conteúdos para o público. Não, raro, principalmente, por conta do WhatsApp, em que as mensagens chegam aos destinatários de forma instantânea, os indivíduos acabam tendo certo “poder jornalístico”, pois compartilham acontecimentos cotidianos, em tempo real, com os seus contatos.

Nessa perspectiva, também existem os populares grupos de WhatsApp, pelos quais circula uma gama imensa de novidades, fofocas e, também, conteúdos inverídicos – em geral, surgidos a partir de especulações, assuntos mal-entendidos, naquele verdadeiro “telefone sem-fio”, em que a mensagem vai se modificando, conforme o entendimento do receptor.

E é importante destacar que esses conteúdos enganosos podem ser extremamente prejudiciais à coletividade – pois, dependendo do enunciado, é possível que se gere pânico na população – e, também, danos a pessoas que, eventualmente, estejam envolvidas nos fatos em pauta.

Digo isso, pois, na madrugada deste domingo (27), às 03h37, recebi uma mensagem, via WhatsApp, perguntado se eu sabia de uma briga que havia ocorrido em um evento aqui em Tapera, onde um rapaz teria sido agredido e vindo a óbito no hospital.

Às 07h, tão logo visualizei a mensagem, corri em direção à Brigada Militar, para saber se era verdade o tal fato. Um PM me disse que não sabia de nada, estando ele de plantão, na oportunidade. E, no Hospital Roque Gonzalez, fui informado de que, na madrugada, houve apenas três atendimentos de emergência, sem gravidade e, portanto, não havia sido registrado nenhum óbito.

Pois, assim são as fake news. Alguém ouve alguma coisa; acredita; dá uma aumentada, mostrando conhecer o fato; e a repassa adiante. E isso vai sendo repassado numa velocidade incrível, alcançando milhares de pessoas.

Por isso, nesses casos, é sempre importante certificar-se a partir de uma fonte segura, antes de sair replicando a “notícia”, justamente, para se evitar maiores transtornos.

Logo, mesmo nesses tempos de internet, a imprensa continua tendo papel fundamental, pois ela é a responsável pela checagem dos fatos, a fim de que sejam veiculadas apenas informações verídicas ao público.

É claro que é impossível que os jornalistas saibam tudo o que acontece na comunidade. Como sempre digo: “50% nós sabemos e 50% temos de saber”, pois o nosso trabalho é investigativo, é checar as informações a partir das fontes.

Felizmente, no caso relatado anteriormente, que supostamente teria ocorrido em Tapera, na madrugada de domingo, nada aconteceu e ninguém saiu prejudicado, em nenhum sentido. Mas, nem sempre é assim, visto que determinados boatos e informações enganosas podem ser prejudiciais individual e coletivamente.

Portanto, é necessário que as pessoas tenham responsabilidade com o que falam, escrevem e replicam na internet, pois, transmitir informações é algo que requer seriedade e comprometimento. E esse continua sendo, justamente, o papel da imprensa.

Por isso, sempre que receber alguma informação sobre determinado acontecimento, faça a checagem com alguém do meio jornalístico ou com alguma autoridade competente que possa ratificar ou não a notícia.



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