Blog do Sarico

Decano


Os anos vão se passando e a gente não dá importância para eles, só que conforme os dias passam, as coisas vão ficando cada vez mais difíceis. Tudo fica mais demorado e dolorido.

Um familiar, um amigo ou um conhecido que você vê diariamente, você não nota que ele envelheceu, e nem ele a você. Mas, quando se fica determinado tempo longe um do outro…

Engraçada essa vida.

Agora, o atestado de velhice chega quando o pessoal te chama de “senhor” e as amigas da tua filha o chamam de “tio”. Aí não tem volta.

Mas, a confirmação deste atestado chegou, para mim, nesta semana, quando conversando com um amigo este me chamou de decano. A princípio fiquei surpreso com o título, mas depois, pensando bem, eu sou mesmo.

Para quem não sabe, decano é o indivíduo mais antigo de uma determinada classe, e aqui em Tapera, no jornalismo, eu sou o mais velho e, talvez, um dos mais na região. Posso não ser em idade, mas em tempo de serviço, com toda certeza eu sou.

Olha a “responsa” sobre os ombros que se carrega com um título desses, especialmente, pelo serviço que se presta à comunidade de formar opinião.

Agora, poder envelhecer é uma benção de Deus, mas saber envelhecer é uma arte. Eu, particularmente, não saberia dizer agora como é a vida com limitações e privações e entrego tudo nas mãos do criador, e seja o que Ele quiser. Só lhe peço que possa chegar lá com saúde, com a cabeça boa e só um pouquinho menos chato do que sou hoje.

E você, já pensou nisso, na velhice? Você está preparado para ela? Não esqueça que o malvado tempo dá e tira.



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