Blog do Sarico

Sorteado corpo de jurados do Caso Padre Eduardo


Na tarde da última sexta-feira (05), às 13h30, no Fórum de Tapera (RS), foi realizado o sorteio das 25 pessoas que comporão o corpo de jurados no julgamento de Jairo Paulinho Kolling, no próximo dia 24, às 09h, na Câmara de Vereadores de Tapera. Destes, restarão 07 que estarão no júri.

Tentei pegar a relação dos nomes no Fórum, mas fui informado de que não seria possível por uma questão de preservação e segurança do pessoal.

O sorteio foi conduzido pelo juiz substituto Márcio César Sfredo, que presidirá o julgamento. E o mesmo terá ainda na acusação a promotora de Justiça Marisaura Ines Raber Fior e na defesa os advogados Carlos Eduardo Hoff da Silva e Ethel da Silva Seemann.

Jairo Paulinho Kolling foi pronunciado por homicídio consumado, duplamente qualificado (motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e por homicídio tentado, triplamente qualificado (motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por ter sido cometido contra mulher).

Não estão previstas oitivas (audição) de testemunhas. Patrícia Kolling que, na ocasião, foi atingida por disparos nas costas, será ouvida em juízo. O réu também será interrogado. Acredita-se que tenhamos um julgamento rápido em razão disso.

O CASO

Segundo o Ministério Público, o crime foi praticado por ciúmes e vingança. Na manhã de 22/05/2015, Jairo foi à Casa Paroquial da Paróquia Nossa Senhora Rosário da Pompéia de Tapera (RS), acompanhado da esposa Patrícia Kolling, para cobrar do padre Eduardo Pegoraro que ele havia mandado uma mensagem para o celular de sua mulher. De acordo com o MP, a mensagem continha um convite para conversar sobre os horários da aula de violão dos seminaristas (Patrícia lecionava aulas de violão para eles). Ao final da mensagem, o sacerdote se despedia com saudação usual: “um grande abraço e um beijo”. O réu deduziu que as vítimas teriam um “relacionamento amoroso”.

O padre foi atingido por dois disparos no peito e morreu no local. Já Patrícia foi atingida nas costas. Depois disso, Jairo tentou se matar com um tiro na cabeça.

Durante a instrução, foi ouvida a vítima Patrícia, inquiridas 13 testemunhas e interrogado o réu. Em juízo, Jairo afirmou que atirou no padre Eduardo, em razão deste sempre estar com ar debochado, além das mensagens de celular trocadas entre as vítimas. Informou que começou a desconfiar de que Patrícia e o religioso tinham um caso em janeiro, quando aconteceu uma janta na casa do casal, acreditando que eles se encontravam semanalmente. Asseverou, ainda, não saber o motivo pelo qual efetuou os disparos em Patrícia e que estava nervoso, fora de si no momento.



Comente


*