Blog do Sarico

O Natal taí


E o Natal está aí. E logo virá o final do ano. Impressionante como o tempo está passando rápido demais. Lembro quando era criança, ele demorava uma eternidade para chegar. Hoje em dia, quando vemos chegou.

Outra coisa. Nem parece Natal ou a data já não é mais importante para boa parte das pessoas. O engraçado é que as crianças de hoje não se importam mais com a data que, no meu tempo e de tantos outros, era época de festa, de reunir a família e comemorar e… de presentes.

Parece que se perdeu a graça de esperar a noite da véspera do Natal chegar para ganhar presentes do Papai Noel pois, as crianças de hoje não falam nele, certamente por que os estão ganhando o ano todo, como se isso fosse certo.

Lamentavelmente, tem gente que não recebe um presente por ano. Conheço muita gente que nunca ganhou um presente do Papai Noel. É doído isso. O mundo é bonito, maravilhoso, mas não é justo.

E, falando em Natal, lembrei da antiga Loja Maldaner, que ficava ali onde está a farmácia São João. A “Loja”, como era chamada, vendia de tudo, mas eu gostava dela quando o pessoal a decorava para o Natal, com aqueles brinquedos que faziam brilhar os olhos das crianças e embalavam seus sonhos. Eu, assim como muitos da minha idade, sabia que não era certo que receberia um daqueles, mas me deliciava em vê-los na vitrine, de dia e de noite, com uma bela decoração e iluminação e todo aquele pessoal subindo e descendo a Avenida.

Para se ter uma ideia, no meu tempo os brinquedos maravilhosos, que embalavam os sonhos de meninos e meninas eram bolas de numeração de 1 a 5, esta de campo; caminhões de madeira, “jamantas” com carrinhos em cima, carros de lata movido a fricção, pião, instrumentos musicais de brinquedo, e tantos outros. Para as meninas tinha bonecas, que se comparadas com as de hoje, parecem ter vindas da pré-história pela diferença, casinhas e muitos outros. Enfim, olhar a vitrine da Loja Maldaner à noite era um baita programa em Tapera naquela época. O pessoal saia para dar uma “volta”, olhar as vitrines da cidade, entre elas a da Loja, e tomar um sorvete ou picolé do Café Diana, feitos pelo casal Arno e Nena Presser.

Olhando hoje as vitrines das empresas, parece que são montadas para um único final de semana, pois não tem o brilho e o glamour de outrora. Nem o clima é igual. O tempo mudou, sabemos. Mas, será que mudou tanto assim?

E aí. Já pediu o seu presente? Mas, lembre-se que ele é apenas um detalhe da festa de Cristo. O verdadeiro espírito do Natal é a família unida, feliz e comemorando a vida, apesar das vitórias e dos fracassos, por que cada ano que passa é um dia a menos que se fica junto. Pense nisso naquela noite mágica e para lá de especial.



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