Pelas ondas do rádio…
, almoçando no Parque de Exposições de Tapera, nos lembramos que lá, nos anos 60 e 70, era a praça de esportes do Botafogo, clube que duelava com Guarani, cujo campo ficava no bairro Elisa, e América. E o seu campo ficava exatamente ao lado da estrada velha para Selbach.
Naquela época se fazia jogos com equipes da região e tudo era marcado pelo rádio, nos programas esportivos da Rádio Ibirubá e mais tarde pela Planetário de Espumoso. A Gazeta de Tapera, atual Cultura, pegou uma outra época.
Os tais jogos eram marcados nas segundas-feiras. Um time desejava jogar com outro e fazia o convite pelo programa, aguardando o retorno no dia seguinte. E o tal time se manifestava acertando o embate. Não havia celular e telefone convencional era artigo de luxo naquele tempo. Era tudo pelo rádio. Além disso, as equipes acertavam ainda uma quota de participação: almoço ou bebida.
E todo final de semana havia jogo, em duas categorias: principal e “segundinho”, que revelou muito craque na região. Era uma festa o pessoal passar o dia fora. Os caras não viam a hora de chegar o domingo para ir jogar. E a viagem acontecia de caminhão, Kombi ou ônibus. E não pegavam ninguém em casa como hoje. Todos eram responsáveis e estavam no ponto de saída bem antes da hora marcada.
Aqueles jogos eram uma festa e reuniam muita gente na comunidade. O almoço tinha casa cheia e os clubes faturavam uma boa grana com o público que reunia, local e visitante que, sem atrativos nas suas cidades, iam em massa acompanhar seu time.
Fico imaginando isso hoje em dia com toda essa tecnologia e facilidades à nossa volta. Aliás, nem mais times de futebol temos e poucos são os interessados em jogar bola. Craques, andam escassos atualmente. Tem bastante esforçado aí. A coisa mudou muito nestes mais de 40 anos e mudará ainda mais daqui por diante por conta da velocidade do mundo em que vivemos.
E nos próximos 40 anos, como será?
Aí no “estádio” do Botafogo tinha também como atrativo as pitangas…
valeu pela lembrança Sarico….