Selbach

Na manhã do último domingo, na posse dos eleitos em Selbach, na Câmara de Vereadores, Michael Kuhn, vereador mais votado do município no último pleito e líder da oposição na Casa, fez um bonito discurso. Enquanto o jovem político falava na frente de uma fotografia aérea de Selbach, eu via na tribuna um futuro prefeito. O vizinho município tem renovação ao contrário de outros tantos que enfrentam sérios problemas de renovação na política.

Gostei do discurso da vice-prefeita Stelamaris, centrado e cabeça; e do vereador Roque Naumann, que perdeu a eleição para o prefeito Serginho e aceitou a derrota com a cabeça erguida como fazem os homens sábios.

E vendo o prefeito Serginho, na tribuna, com aquele seu jeitão de sempre, comunicativo, humilde e brincalhão, lembrei que uma vez, no seu escritório de despachante, que ficava na garagem da casa onde morava, na Rua 13 de Maio, da conversa que tivemos sobre política local. Ele se lembra dela.

O Serginho, então cumprindo seu segundo mandato de vereador, de um total de cinco, se queixou que poderia vir a ser vice do PMDB, mas que os caciques do partido não o queriam. Eu pedi a ele que tivesse paciência e lhe disse que um dia a Prefeitura “cairia” no seu colo. E ela caiu. Duas vezes.

Também lembrei de uma conversa que existia no município de que cinco famílias jamais comandariam a Prefeitura de Selbach, e que os Kuhn eram uma delas. Pois o Serginho mostrou que regra é feita para ser quebrada.