Kiss

Nesta quarta-feira, vendo o Bom Dia Rio Grande, na RBS, chamou minha atenção a reportagem da audiência realizada nesta terça-feira (10), no Fórum de Santa Maria, ainda sobre o Caso Kiss. Um promotor, que foi acusado pelos pais das vítimas de saber do problema da boate e nada ter feito, o que ele nega, ingressou na Justiça contra dois deles. E as imagens mostraram toda a indignação dos pais presentes na sala de audiências, cobrando uma decisão definitiva da Justiça. E ninguém na sala escapou de ser chamada a sua responsabilidade no caso. Pais e mães foram muito corajosos. E juiz, promotor, oficiais PM e Bombeiro e delegado de polícia presentes iriam fazer o que após o que aquela gente passou há três anos? Prendê-los por desacato? Melhor deixar passar em branco e foi o que fizeram.

Os operadores do Direito envolvido que tentem explicar essa demora cruel para uma decisão a um pai e mãe que perdeu um filho ou uma filha no auge da sua juventude numa madrugada de festa pelo fogo. E tentem acalmar um coração desses com palavras. Já disse uma vez aqui. Jamais vou me colocar no lugar de um daqueles pais pelo que estão passando. A Justiça deve, sim, uma resposta a eles e dar um basta nesta dor que insiste em apertar os corações doidos e sofridos de quem só deseja a paz e viver a lembrança de alguém muito querido que se foi, e sabendo que a Justiça dos homens foi feita.

E será que essa tragédia acabará um dia?