Blog do Sarico

Ungido


Ungido 1O vice-prefeito de Tapera, Volmar Kuhn, está comandando o Executivo municipal. O prefeito Ireneu Orth saiu em férias deixando a Prefeitura em suas mãos, até o dia 15.

Sair e deixar a “caneta” nas mãos do vice demonstra que Orth confia nele, diferente do seu antecessor, Beto Visoto, do PMDB como Kuhn, que não desfrutava da mesma benesse. Havia ruído na relação entre prefeito e vice e este repercute ainda hoje, pelo menos numa parte do PMDB local.

Se Volmar Kuhn recebe a “caneta” do gabinete é por que comunga das mesmas ideias do prefeito e, sendo assim, passa a ser ele o ungido da Aliança Democrática (AD) para a próxima eleição municipal (2016). Kuhn está indo em alguns eventos, representando Orth e falando em seu nome, e em outros o acompanhando. O vice-prefeito está aparecendo em público e dificilmente não será ele o candidato na eleição, pela AD, se esta se mantiver até lá, por que com duas eleições o motor deste carro começou a fazer barulho.

A Aliança Democrática se manterá se falar a mesma linguagem, coisa que não está acontecendo, e focar no mesmo nome com a escolha de um bom vice, com trânsito livre em todos os setores e locais do município.

O PMDB é o partido com maior chance de colocar o prefeito em 2016, tendo mais de um nome para tanto. O PP, que colocou o prefeito e comandou a Aliança nestes dois mandatos, deverá ficar de fora ou, no máximo, colocar o vice-prefeito. Hoje, o PP não tem um nome de peso para concorrer e pelo visto, não terá tão logo. O PDT, que também integra a Aliança, igualmente não tem um nome forte para prefeito, mas tem um bom para ser vice. PSB e PPS, outros integrantes da AD, sabendo de sua realidade, deverão apoiá-la. Se permanecerem nela.

A Aliança Democrática, que foi criada para eleger Ireneu Orth prefeito em 2008 e reelegê-lo em 2012, cumpriu sua missão. Já um terceiro mandato, com todo este ruído dos últimos anos, poderá até continuar, mas as regras deverão ser alteradas. O primeiro ruído que se ouviu foram as promessas de cargos na Prefeitura para PMDB e PDT, que não teriam sido cumpridas pelo prefeito, que nega, dizendo que nunca houve tais promessas, cujo governo é técnico como não cansa de dizer. O segundo ruído foram estes constantes desencontros na Câmara de Vereadores onde a coligação tem maioria na Casa, mesmo perdendo um de seus integrantes.

Já a oposição, que amargou duas derrotas consecutivas, sendo a última com dois ex-prefeitos, altamente populares e montados em cima de um monte de votos, não deixará barato. Hoje, não há novos nomes do outro lado, mas sempre tem a possibilidade de se “requentar” um conhecido. Ou mais de um. A oposição não permitirá um terceiro mandato para a Aliança Democrática e trabalhará forte para isso, podendo até mesmo arrebanhar integrantes e partidos situacionistas, o que é do jogo.

O PMDB taperense, que está dividido, deverá “lavar sua roupa suja” e escolher um nome e indicá-lo aos demais partidos da AD e, todos juntos, deverão indicar o vice e trabalhar para permanecer à frente da Prefeitura, com regras claras e, de preferência, colocadas no papel para ser de conhecimento público para que depois possa ser cobrada, se este for o caso.

A próxima eleição será bastante interessante em razão do momento por que passa Tapera que neste ano completa 60 anos. O município está tendo um crescimento considerável sendo reconhecido pela população regional. E este crescimento deverá continuar depois de 2016, independente de quem estiver ocupando a principal sala do Centro Administrativo João Batista Crestani. Podem até trocar os nomes e os partidos, mas o trabalho e a ideia precisam ser mantidos, por que não se pode dar um passo para frente e depois recuar. Isso e inconcebível. E imperdoável. Aqui não!



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