Mercosul

O Mercosul existe só no papel. E na cabeça dos políticos que governam os países integrantes. O bloco não existe e os povos que o integram não estão nem ai para ele.

Quem quiser saber se o Mercosul existe ou não, deve viajar a Foz do Iguaçu (PR) e dar um giro pela Tríplice Fronteira – Brasil, Argentina e Paraguai.

Recentemente, estive na Paraguai e me encantei por um condicionador de ar pelo seu preço. Comprei-o, passei pela Aduana brasileira e o declarei. Preenchi a DBA (Declaração de Bagagem Acompanhada) e fui ao Banco do Brasil, em anexo, pagar o imposto. Após pegar o produto, na saída perguntei ao servidor da Receita Federal se teria problema na aduana argentina, pois retornaria ao Rio Grande do Sul, pela Argentina. O rapaz, muito simpático, me disse: “Estamos no Mercosul, amigo. Você passa tranquilo por lá”. E lá me fui louco de faceiro pelo negócio realizado. Pois, para minha surpresa e do meu companheiro de viagem, não passei pela fronteira argentina. O fiscal da receita daquele País que muito nos ama e admira, disse que não poderia passar com o produto pelo País. E não passei. Tive de dar meia volta, voltar ao Brasil, deixar o ar numa empresa de um amigo e retornar a Tapera, sem o ar. O Mercosul é uma tremenda de uma balela. É conversa fiada.

O Mercosul tanto é conversa fiada que tiraram o Paraguai dele sob o pretexto de que teria desobedecido a constituição ao sacar do poder o ex-bispo e presidente, e agora querem que retorne ao bloco. Só que o Paraguai não quer voltar, pois sabe que o Mercosul é uma fraude. Que não é nada e nem faz nada. É só acompanhar a imprensa para testemunhar o que digo. As constantes brigas da Argentina com o Brasil por produtos comprovam isso.

E para provar ainda mais que o Mercosul não existe, quando você for para Puerto Iguasu (Argentina) experimente abastecer seu carro e pagar com Guarani, a moeda paraguaia. Ela não é aceita na terra de Lionel Messi e do papa Francisco. E no Paraguai, eles não aceitam o Peso argentino. E os dois países nem escondem isso, pois está escrito em letras garrafais nos seus postos de combustíveis. A inflação é usada como pretexto para não aceitar as moedas, o que não deveria acontecer numa integração como o Mercosul.

Vou além. Na Tríplice Fronteira paranaense se entra e se sai do Brasil e do Paraguai, tranquilamente. Já na Argentina, o camarada precisa apresentar documento e ir para o sistema. Mercado Comum do Cone Sul. Aonde? De que jeito?

Será que não estaria na hora de se acabar com esta baboseira e cada País começar a caminhar por suas próprias pernas? Por que só o Brasil rema para frente quando os demais integrantes do bloco, especialmente a Argentina, rema para trás, de pura inveja. Ora bolas, que se virem cada um como pode. Sejam o que querem ser, mas por sua vontade e força, sem prejudicar seus povos.

Aliás, a relação da Argentina com o Brasil é igual aquele amigos chato que adora sacanear o amigo, por pura inveja.

Arriba Mercosur!