Blog do Sarico

É quarto e ponto final


Depois de fazer uma bela partida em Ibirubá, quando conseguiu bater a ASIF, por 6 a 4, após jogar muito bem, no jogo de ida, o América não conseguiu repetir o mesmo desempenho no sábado (14), jogando no Poli, e precisando apenas do empate para passar à próxima fase (3ª), sendo o primeiro dos quatro classificados à Semifinal da Liga Gaúcha Futsal.

O jogo ganhou ares de dramaticidade do início ao fim. Primeiro por que o América, sem Cléber, um dos destaques da equipe na temporada, afobado, sem vibração e irreconhecível, não conseguiu se achar na partida e desenvolver o futebol que a torcida conhece e que o catapultou para a parte de cima da tabela.

A ASIF, com uma proposta de jogar fechada e no erro do adversário, veio disposta a virar o jogo. E conseguiu, pelo menos no tempo normal, ao vencer por 3 a 2. Depois, na prorrogação, buscou o empate por duas vezes, mas aí o América já estava esperto em quadra. E na hora do vamos ver, quando não se pode errar, o time ibirubense errou mais uma vez. E mais uma vez foi contra o América, sua touca.

Nos pênaltis, a estrela do goleiro Ban brilhou, ao fazer duas grandes defesas e empurrando sua equipe à próxima fase, no seleto grupo dos quatro melhores do RS. Se bem que grandes defesas é uma rotina para o grande goleiro americano, que fez dezenas delas na temporada.

O jogo mais difícil do ano do América passou e agora outros virão. Pelo menos dois. Mas, dependendo das circunstâncias, poderão vir outros mais.

Agora, por que o América não conseguiu jogar, furar o bloqueio da ASIF no jogo? Por que não jogou o que sabe, se o fez em Ibirubá? Outra coisa. Por que o América erra tantos gols? No jogo várias oportunidades foram criadas, mas o time insiste em não ser eficiente na cara do gol. E tem ainda os passes errados.

O Banana, que chegou agora, não tem mais tempo de corrigir isso, por que a partir de agora a coisa vai afunilando e vai valer o bom desempenho em quadra, com competência na hora da conclusão, e claro, sorte. Só que assim. Time grande aproveita as oportunidades criadas e este, por si só, é o detalhe que o diferencia dos demais.

Gostei de ver o Poli sábado. Apesar da promoção da Escola Dionísio, que realizou seu jantar de 80 anos, com escolha das garotas Estudantil e Simpatia, o ginásio lotou. Mais de 1.800 pessoas passaram pela bilheteria, mas havia mais de 2.500 delas presentes ao melhor jogo da temporada em Tapera. Foi uma festa e tanto. E desta vez a arbitragem não prejudicou o jogo como das outras vezes, felizmente. Pelo menos não se ouviu nada a respeito na rádio.

Mas, valeu. Foi sofrido, foi penoso, não foi como se queria, mas o América está na Semifinal da LGF e agora tudo pode acontecer. Na pior das hipóteses será o quarto melhor time do Estado. E de lambuja tem o melhor ataque com 90 gols em 24 jogos, média de 3,7 gols por partida.

Lembrei do começo da temporada. A direção montou um time, com um monte de gente nova e a desconfiança pairava sobre a cidade, pois não se conhecia a maior parte dos atletas, nem onde o time iria. A ideia primeira era não cair e depois ficar entre os 8. O time começou a Copa Alto Jacuí mal e acabou conquistando-a. Depois veio a Liga e, novamente, o time começou mal, mas com o andar da competição começou a se achar e a chegar onde chegou. Tudo isso é resultado de muito trabalho, de seriedade e de doação. Não existe sorte para que trabalha sério e duro. Existe mérito, recompensa.

Parabéns, América, pela conquista. E o que vier agora será lucro. Mas, nós taperenses não ficaremos nenhum pouco bravos se vier mais. Como é triste ficar exigente.



Comentários

Comente


*