Retrospectiva
Quem está acompanhando o Jornal Nacional nesta semana, no último bloco, está vendo uma retrospectiva da Globo sobre seus 50 anos. E a empresa montou uma bancada com nada mais nada menos do que alguns dos maiores nomes do jornalismo brasileiro de todos os tempos. Chega arrepiar de ver aquela “veiarada” aparecendo jovem no local da notícia. Arrepia.
Podem falar do que quiser da Globo, mas ela sempre esteve em todos os lugares. Matéria dela em outro País que não seja o do local do acontecimento, como faz boa parte das empresas de jornalismo brasileiras, só em último caso ou devido a um grande problema. A Globo vai lá e mostra. Antes de todos.
Outra coisa que vi nesta retrospectiva. Como o mundo evoluiu nestes últimos 50 anos. A humanidade jamais avançou tanto como nesta última metade de século. E eu (e minha geração) vivi isso. Tudo que a Globo está mostrando, desde 1975, eu vivenciei. Isso é um privilégio.
Agora, até alguns anos atrás olhar o Jornal Nacional era uma obrigação para se ficar sabendo o que acontecia no Brasil e no mundo. Hoje, em tempos de internet, isso não acontece mais, pois quando ligamos a televisão às 20h30min já sabemos de tudo. É como jornal de papel em tempos de jornal eletrônico. O JN vive no charme do seu nome e para os mais velhos e também tem prazo de validade devido à rede mundial de computadores, a WEB.
O programa mostrou reportagens de 1965 a 1975 na segunda-feira, de 1975 a 1985 ontem, de 1985 a 1995 hoje, amanhã mostrará de 1995 a 2005 e na sexta-feira encerra com reportagens de 2005 a 2015. É um show aquilo. Confira.
Quando Tapera fará um campeonato de voleibol ou handebol? Sempre futsal ou futebol? Pode fazer misto, pois estrutura e pessoas que joguem essa modalidade tem! Fica a sugestão. Por que não convidar os municípios da região?
Gostaria muito de ver o William Bonner comentar sobre a lisura do jornalismo da Globo, no episódio do direito de resposta concedido pela Justiça ao Brisola (com “s”), e lido por um Cid Moreira envergonhado.
E a farsa da contagem dos votos, para a eleição do governador carioca, não fosse o mesmo Brisola (com “s” e com carinho) botar a boca no trombone, impedindo o processo fraudulento de contagem.
Também gostaria de vê-lo comentar a edição do debate Lula x Collor, na véspera da eleição presidencial, quando Roberto Marinho ordenou ao Jornal Nacional que destruíssem o Lula.
Também gostaria de rever as notícia vinculadas por ela, culpando o Lula pela queda do avião da Gol, atingido pelo jatinho pilotado por dois valentes americanos, que esqueceram de ligar o transponder. Como se vê, a prática de culpar Lula-Dilma é um velho costume da mídia ajoelhada.
Também seria interessante ver o Alexandre Garcia comentar aquele gigantesco e histórico comício das “Diretas, Já”, que o JN sequer noticiou, ao contrário das recentes manifestações pedindo o impeachment da Dilma, convocando as pessoas para irem, de 15 em 15 minutos.
Realmente, o espetáculo da hipocrisia é muito bonito.