Blog do Sarico

Dunga


Dunga 1Dunga chega à CBF para viver um segundo tempo. E vem dureza ai.

O capitão do Tetra, que não é uma unanimidade nacional, chega sob enorme pressão: perdeu uma Copa do Mundo (2010), é turrão, não se dá com a imprensa e, o que é pior, é gaúcho. É mais um. Rio e São Paulo, que exercem enorme pressão e influência na CBF, não deixarão barata a coisa e passarão o tempo todo desconfiando do homem de ijuí. E pressionando-o, também.

Acho que, para dar certo na Seleção, Dunga terá, em primeiríssimo lugar, controlar o seu humor, pois é um caminhão carregado de dinamite, que explode com o mínimo atrito.

Sua chegada à Seleção, após deixar de ganhar quase três vezes mais na Venezuela, deve ter algum plus considerável, como um longo período de tempo. Nós sabemos que o projeto de 12 anos da Alemanha para voltar a vencer não daria certo aqui no Brasil, pois queremos tudo para ontem. Então, o capitão chega com um projeto de 4 anos ou talvez de 8. Veremos.

E se houver um projeto para o Hexa, na Rússia ou no Catar, ele começará a ser desenvolvido imediatamente. Já nos próximos amistosos o Brasil começará a mostrar a sua verdadeira face. O seu verdadeiro futebol. Afinal, as mudanças feitas foram profundas e a pressão nacional foi gigantesca.

E no Brasil não tem mistério e não tem nada dessa coisa de “revolucionar” o futebol. O Brasil tem algo que os outros países não têm: talento. Nossos jogadores nascem com ele no seu DNA. Assim, Dunga só terá de convocar gente boa onde todos defendem, armem, ataquem e vençam. É isso o futebol moderno. O resto é conversa fiada, de quem quer parecer diferente. Ou moderno, como falam na TV.

Se Dunga estivesse no banco contra a Alemanha, o Brasil jamais tomaria 7, primeiro, porque o time seria outro, na convocação e no jogo. E, se a coisa não funcionasse, ele iria para a beira do gramado e xingaria seus comandados. Dunga é assim. E tem mais. Com ele haveria mais treinamento e menos oba-oba na concentração.

O futebol brasileiro moderno, que precisa evoluir, precisa apenas de comando firme, com foco no título e grupo longe das luzes da mídia. E Dunga sabe bem como fazê-lo.

Mas, se Dunga está chegando é por que vai vencer. A vida não dá uma segunda chance a todo mundo. Só a quem trabalha muito. Dunga caiu em 1990 e se levantou em 1994. Lembram? Assim, se ele levantar o Hexa, não estranhem, pois turrão tem estrela.

E não se surpreendam se em 2014 ou 2018 o mundo começar a falar bem do futebol brasileiro novamente e de sua “evolução”. O futebol, assim como a vida, é momento e bom aproveitamento dele.



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