Blog do Sarico

A televisão na minha vida


Nesta semana, vendo tevê, lembrei de como era a televisão antigamente.

Em 1971, a dona Arabela Galetti, que morava na Rua Almirante Barroso, ao lado da nossa casa, aqui em Tapera (RS), onde hoje residem a Roberta e o Sacolé, comprou uma tevê. Se não me engano a marca dela era Teleotto (P&B). Da tela até o final do tubo dava quase um metro de distância. Era enorme. Comparando com as de tela plana de hoje… E como só ela tinha o aparelho na vizinhança, o pessoal invadia sua casa à noite, depois da janta, para assistir à programação. E a gente se empilhava na cozinha para assistir à novela “Irmãos Coragem”. Depois, assistíamos programas e séries como “O Fugitivo”, que eu gostava muito. Eu ficava embaixo da mesa, de frente para a tevê, quietinho e sem piscar os olhos. O sono batia, mas eu teimava com ele. Às vezes, ele me vencia e, no dia seguinte, acordava na minha cama, já esperando a noite chegar para fazer tudo aquilo de novo. A televisão era um avanço onde só havia o rádio.

A Copa do Mundo de 1970 foi transmitida em cores, mas pouca gente no Brasil tinha televisão colorida. Em 1973, a dona Arabela trocou de televisor, pegando um colorido, e o pessoal continuou indo à casa dela, onde ficávamos das 20 às 23h, quando era hora de se “recolher”.

E essa incursão noturna foi diminuindo aos poucos, por que o pessoal começou a comprar a sua tevê. Em 1975, a nossa mãe comprou a dela, uma Philco Ford, colorida. E foi uma festa daquelas. A televisão passou a fazer parte da família, pois quem estava acostumado a ouvir (rádio) começou a ver imagens e foi uma tremenda de evolução.

Da televisão daquele tempo lembro que os programas saiam constantemente do “ar” e ficava aquele chuvisco na tela. A programação das emissoras, que não eram tantas quanto hoje, sendo mais da metade dela “enlatado” (vindo do estrangeiro), tinha hora para começar e para terminar. E havia um botão para se regular a vertical do aparelho. Imagine… E ainda o pessoal colocava papel celofane lilás na tela para dar “cor” à imagem. Também colocavam Bombril na antena para melhorá-la.

Nós assistíamos a TV Gaúcha, de Porto Alegre, pelo canal 12. Em 1980, começamos a captar suas imagens por Passo Fundo, pela TV Umbu.

Nos primeiros tempos, lá no começo dos anos 70, comprar um televisor era caro, como qualquer novidade hoje em dia, mas que com o passar do tempo foi barateando e se tornando acessível a todos.

Hoje, em tempos de internet, com tudo nela, eu não fico sem televisão para assistir filmes e programas diversos no canal aberto e fechado, e também rádio para ouvir jogos e programas jornalísticos.

Lembrando de 30, 40 anos atrás fico imaginando como será daqui a 30, 40 anos, se ainda estiver aqui. E tudo aquilo que você riu dos seus avôs, se prepare pois vão rir de você no futuro.



Comentários

Comente


*