Blog do Sarico

Encostado


Dia desses, na fila do caixa de um supermercado aqui em Tapera, na minha frente estavam um homem e uma mulher conversando, quando ele pediu a ela como estava o esposo dela que, pelo visto estava machucado e impedido de trabalhar, ao que a mulher lhe respondeu que o mesmo continuava “encostado”. Ao ouvir aquilo comecei a rir, por que fazia muito tempo que não ouvia tal palavra.

Na verdade, antigamente, o pessoal que estava parado no trabalho, por motivo de doença ou acidente, estava “encostado” pelo INSS, que já foi INPS e INAMPS. Hoje em dia o pessoal diz que a pessoa está em benefício pelo Instituto.

Naquela época ninguém sabia o que era uma LER (Lesão de Esforço Repetitivo).

E falando em INSS, na segunda metade dos anos 70, eu trabalhei no Tapera Bureau, escritório de contabilidade do Hermes Crestani e que era representante do então INPS em Tapera. E toda manhã nós entregávamos “fichas” para consultas com os médicos Arli, Beto e João, no Hospital Roque Gonzalez; e Hercílio e Luiz, no Hospital Nossa Senhora do Rosário, que não existe mais, e que parte dele se tornou hoje o CAIS.

O “encostado”, assim como outras tantas palavras, foram bastante comuns antigamente e que estão fora de uso atualmente. O tempo passa e as coisas mudam. Até mesmo as palavras.



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