Blog do Sarico

Novos tempos…


Discurso 1Neste domingo (19), fui à Igreja Matriz de Tapera para ver o encontro de corais promovido pelo Grupo de Canto Rosinha Erpen, que completa 5 anos neste ano e marcou a data com um encontro com corais amigos. Chamou minha atenção a presença dos corais luterano e evangélico de Tapera que fizeram belíssima apresentação em uma integração maravilhosa. O homem preso à cruz deve ter adorado tudo, principalmente a boa música entre irmãos na sua casa.

Falar sobre este assunto poderá não parecer muito importante nos dias atuais, mas sou de um tempo em que católicos e luteranos não podiam namorar. Imagine casar. E trocar de religião era um sacrilégio punível até com expulsão de casa. Católicos e “protestantes” se viam como inimigos por conta de suas crenças direcionadas ao mesmo ser, mas com algumas diferenças. Imagine… E há algumas décadas se via encrenca também entre católicos e evangélicos, por conta da adoração de imagens pelos primeiros. No domingo, vi protestantes e “crentes” em perfeita harmonia com os católicos entre as imagens dos seus santos como se estivessem em casa. Tudo muito natural, tranquilo. Muito bonito aquilo.

Aliás, as apresentações dos grupos foram belíssimas. Todos os corais foram maravilhosos, mas chamou minha atenção o coral de Lagoa dos Três Cantos (Canta Comigo), com jovens e adolescentes na sua maioria, em perfeita sintonia com os ”experientes”. E o coral dos evangélicos (UMADETAP), composto por crianças e adolescentes, que foi aplaudido em pé pelos presentes na sua primeira canção. Os dois corais marcaram por suas músicas, performance e vozes. Parabéns para todo mundo.

Enquanto eu vejo pessoas bem intencionadas deixando o passado para trás em nome da amizade e da música, não importando nada mais, lembro que tem gente matando em nome do mesmo Deus. Não entendo isso. Juro que não. E não posso imaginar que tenha um deus que prega a morte como forma de punição pelos males do mundo que são criados pelas pessoas, longe dos seus olhos. Essas pessoas bem que poderiam largar as armas e as bombas e começar a cantar, juntos, seja em uma igreja, um templo ou mesmo em uma mesquita.



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