Blog do Sarico

Boate Kiss


Boate Kiss 1Nesta segunda-feira (27) completou-se dois anos e meio da tragédia da Boate Kiss, que matou 242 pessoas durante um incêndio, entre as quais três taperenses filhos de amigos. No domingo (26), estive em Santa Maria e passei na frente dela. Por ser domingo, a cidade estava vazia e pela Rua dos Andradas, onde funcionava a Kiss, passavam alguns carros e ônibus, todos bastante apressados. Havia um policial militar fazendo a guarda do prédio, parado no estacionamento do Carrefour, que fica em frente. Passar naquele lugar é complicado. Quem tem um pouco de sensibilidade sente um mal-estar danado. Chama atenção o fato de que as pessoas não passam na calçada em frente, agora liberada, mas pelo outro lado da rua, tanto para subir como para descer. Quem para ali para olhar são pessoas de fora, curiosos.

O dia que terminar o processo, que certamente demorará décadas, pelo visto, sem que se tenha um ou mais culpado, o que o proprietário daquela área fará com aquilo? E quem compraria um lugar maldito igual aquele? A ideia da população é fazer um memorial no lugar, para que jamais se esqueça daquela madrugada onde mais de duas centenas de pessoas perderam a vida tentando sair de um prédio fechado tal qual um presídio, estando há poucos centímetros da rua.

Enquanto a Justiça não se faz presente e segue lenta como uma lesma devido à lei e seus trâmites e atalhos, as famílias dos mortos vão vivendo seus dias com seus corações ainda dilacerados pela ausência de suas crianças que cometeram apenas um pecado naquele dia: sair de casa, após uma semana intensa de trabalho e estudo, apenas para se divertir, como fazem os jovens.

Agora, e se o músico aquele não acende o artefato pirotécnico naquela noite nada disso estaríamos vivendo hoje. Um ato infeliz e pronto. Essa é a nossa vida.



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