Cavar o próprio poço era tarefa das famílias naquela Tapera distante no tempo. Alguns mais antigos conseguiam detectar com precisão os locais de maior aguada, valendo-se de técnicas rudimentares, como a da vara de pessegueiro.
Cavado o poço, o balde era utilizado para transportar a água do fundo dele até a casa, onde era colocada em lugar de fácil acesso, geralmente na cozinha.
Outra forma de conseguir água era através da construção de cisternas para captação das águas da chuva e seu reaproveitamento em atividades da propriedade.
Por volta de 1928, no vilarejo então pertencente a Passo Fundo, o médico Avelino André Steffens organizou o sistema de captação d’água da fonte para a cisterna, enviando-a encanada até algumas casas do povoado. Foi a primeira forma de água encanada em Tapera, que atendeu a família Steffens e outra vinte vizinhas.
Esta fonte estava localizada acima do antigo Hospital Nossa Senhora do Rosário e onde hoje está o CAIS e a Secretaria de Saúde. A cisterna foi construída onde hoje está o City Hotel.
O abastecimento de água encanada propriamente dito teve início em 1953, um ano antes da emancipação, com a perfuração de um poço artesiano com 30 mil litros/h. Este poço ficava na praça central, em frente à Igreja Matriz.
A partir de 13.05.1958, foi assinado convênio entre o município e a antiga Secretária de Obras Públicas do Rio Grande do Sul (SOP) para a exploração dos serviços de abastecimento de água no recém criado município (1954).
Em 21.12.1965, o serviço de abastecimento de água começou a ser realizado pela Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN). O primeiro gerente do escritório foi Wilson Azevedo.
Em 1967, foi perfurado o segundo poço artesiano, situado na Rua Azul, na esquina das ruas Adelina Mombelli e João Bervian Filho, com vasão de 60 mil litros/h. E o terceiro, em 1974, na Avenida José Baggio, ao lado do escritório da empresa, com vasão de 24 mil litros/h.
A primeira sede do escritório da CORSAN ficava na esquina das ruas Rui Barbosa e Tiradentes, onde estão hoje a Infotech e a Infosoft. O terreno pertencia à Associação Hospitalar Roque Gonzales e depois a Ari Aldo Mombelli.
A segunda sede da Companhia, localizava-se na Rua Almirante Barroso, esquina com a Avenida José Baggio, na antiga sede do Conselho Tutelar.
Em 13.01.1976, ela se mudou para a Rua Guido Mombelli, esquina com a Rua Giocondo Zanetti, acima da Igreja Assembleia de Deus, no porão da residência de Reinaldo Mombelli.
Em 1977, foi feita a entrega da quarta sede da CORSAN, localizada na Avenida José Baggio, onde está hoje.
Numa das fotos, aparecem três funcionários da empresa com atuação em campo. O pessoal ia para os reparos numa bicicleta levando o material num balde e o restante nas mãos. Junto iam as botas de borracha. Na imagem estão os servidores “Barreta” e Geraldo, mais o Erni, o “Alemão”, cedido pela Prefeitura.
Antigamente, o pessoal abria os buracos para conserto e retirava deles a água e a terra manualmente. Hoje, todo o serviço é realizado com equipamentos apropriados.
E em 1989 foi construído o novo e atual escritório, sendo ampliado em 1993.
Este levantamento histórico foi possível graças à ajuda da gerente Ana Gatto e do ex-servidor Hermes Batistella, a quem agradeço pela colaboração e os parabenizo pela organização das informações.
Em tempo. No último dia 22 de março comemorou-se o Dia Mundial da Água.
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Na terça-feira (26/03), no Centro de Eventos de Tapera (RS), fazendo parte da programação da 23ª Toca do Coelho, o Grupo Loucos por Teatro, aqui da terrinha, apresentou a encenação da “Paixão de Cristo”.
Na bela apresentação que mais uma vez agradou ao público presente, chamou atenção a representação da Santa Ceia, com Cristo ao centro rodeado pelos apóstolos. E no fundo, a imagem real projetada de uma das maiores passagens da história do Cristianismo.
Na noite da última quarta-feira (27/03), fui até a Toca do Coelho para comer alguma coisa e tomar um chopinho, afinal, também sou filho de Deus, e ainda ver a apresentação da Banda Farol.
A banda, que é formada pelo Dudi (guitarra), Fábio (baixo), Likimaier (bateria) e Guará (teclado) toca rock e pop rock, num repertório de dar gosto. Muitos bons clássicos foram apresentados no palco.
Parabéns, gurizada. Baita apresentação e repertório.
A eleição de 06 de outubro aqui em Tapera (RS) está alicerçada em cima de duas questões: se a coligação PP-MDB continua ou não, e quem será o candidato do PP, já que é a vez dele de indicar o nome, mesmo que o partido esteja no poder com a renúncia do prefeito emedebista, fato histórico em Tapera.
Os partidos já começaram a conversar internamente e também a sondar os demais para possíveis acordos. E, nas ruas, as pessoas imaginam nomes e coligações. Está todo mundo agitado e querendo definição, pois a coisa toda começa a afunilar.
Tem uma ala no PP que não quer mais a coligação com o MDB, assim como tem uma no MDB que não quer mais o PP, e aí a coisa toda deverá ser definida em convenção. Antes disso, os dois partidos deverão fazer uma avaliação do que foram estes quase 16 anos de governo e ver se continuam ou não, afinal existe desgaste pelo tempo o que é natural em se tratando de política, entre outras coisas. E se aceitarem as propostas um do outro a coisa continua. Senão, vida que segue.
E se a coligação não continuar o MDB deverá colocar candidato ou ainda buscar aliança com um ou mais partido. Soube que já tem tratativas neste sentido.
Para manter a coligação, o MDB abre mão do vice ao PP, que faria dobradinha na majoritária. Claro, dependendo de quem for o nome escolhido. O MDB tem preferência neste sentido.
Por outro lado, o PP tem pelo menos quatro nomes para concorrer a prefeito e a vice, podendo haver o desdobramento destes. Existem duas configurações no momento, que poderá ser decidida antes da convenção. Uma pesquisa daria a direção a ser tomada e evitaria algum estresse.
Eu arrisco a dizer que a eleição de outubro em Tapera passa pelo PP e que os demais partidos somente se posicionarão após ele indicar o seu candidato. E, dependendo de quem for, PDT, PT e União Brasil farão o próximo movimento de anunciar nomes e possíveis acordos. O PL, pelo que se sabe, tem pré-candidato lançado.
Essa é a leitura que se faz do momento atual político em Tapera.
A propósito. Isso que escrevi aqui é o que eu ouço aí fora. Porém, a decisão final caberá única e exclusivamente aos partidos políticos, levando em conta o desejo das ruas.
A novela envolvendo o antigo campo do Guarani, no Bairro Elisa, aqui em Tapera (RS), teve mais um capítulo recentemente. Segundo soube, o Judiciário teria nomeado um perito para avaliar a área de quase dois hectares, localizada na entrada daquele bairro.
A mesma é objeto de disputa entre o município, que deseja implantar nele um loteamento, e familiares de antigos sócios do clube que reivindicam a sua parte no valor, todos devidamente reconhecidos em cartório.
Soube ainda, que o município depositou pouco mais de R$ 300 mil em juízo e os familiares acham que a referida área vale mais, R$ 1,5 milhão.
Em breve, o Judiciário determinará quanto vale aquela área, e assim, os familiares receberão a sua parcela do valor e o município poderá enfim implantar o loteamento que é uma necessidade em Tapera.
Também soube que, pelo projeto, naquele local poderiam ser instalados 39 lotes.
Lembrei que no ano passado, na Câmara de Vereadores, foi dito que até o final desta administração, que encerra em 31 de dezembro, o loteamento estaria concluído com um mínimo de 41 casas, mais quadra de futebol sete, praça e academia. Não sei se haverá tempo hábil para isso.
Agora, seria muito interessante que este loteamento saía por que tem muita gente em Tapera querendo a sua morada própria, fugindo do aluguel e da casa de parente.
“Nada voltará a ser como antes, mas tudo pode ser melhor como nunca foi”.
Desconheço a autoria.
Há algum tempo, publiquei aqui, sobre o acesso de animais nos supermercados aqui de Tapera, o que é proibido por lei estadual, tendo em vista que estes lugares vendem alimentos. Pois, recentemente, estive no CAIS, que também é sede da Secretaria Municipal de Saúde e, como sempre, lá é grande o vai e vem de pessoas, e me surpreendi ao ver no local um cão, andando livremente pelo corredor. Perguntei a uma servidora a respeito e ela me disse que isso é normal acontecer lá.
Aquele local, por tratar de doenças variadas, não é o ideal para se levar junto um cão, seja na guia ou solto. É preciso haver consciência, principalmente num ambiente como aquele.
Quem trafega pela ERS 332, entre Tapera e Espumoso, há uns 200 metros após a entrada para a Linha Teutônia, verá esta placa colocada em uma lavoura, bem próxima à rodovia. Certamente, a ideia é de algum morador daquela redondeza que deve ter cansado de ver naquele trecho tantos acidentes com mortes.
Fica o alerta e, como diz a placa, quem quiser voar que compre um avião.
“Nada é em vão. Tudo vem para nos ensinar”.
Desconheço a autoria.
A direção do Instituto Imaculada de Tapera (RS), que neste ano completa 50 anos de escola pública, para marcar a data, resolveu escrever um livro contando a história deste cinquentenário, só que ela será contada pelos seus personagens, seus ex-diretores e ex-professores que, com certeza, terão muita coisa para contar.
Pois, para dar o pontapé inicial no projeto, a direção convidou os ex-diretores e ex-professores para um chá para expor a eles o projeto do livro que será contado por eles.
E eles terão até 31 de maio para contar a sua história ou histórias, e o livro será lançado no final do ano, certamente em algum evento promovido pelo educandário.
Estou ansioso para ler as histórias do Imaculada.
Como Escola, o Imaculada tem 91 anos, tendo sido criado pelas freiras da congregação do Sagrado Coração de Jesus, em 1933. Em 1974, se transformou em escola estadual.
Eu estudei no Imaculada no prédio novo, mas lembro do velho casarão de dois pisos. Lembro também que fiz a minha catequese nele, numa sala que ficava à esquerda, nos fundos. E quem entrava pela porta da frente via o jardim e atrás dele uma sala onde ficava o piano grande, e lembro que tinha uma senhora que sentava nele e tocava uma bela música, diferente das demais. Naquele tempo eu não sabia que era música clássica, “Jesus Alegria dos Homens”, de Bach. Não lembro quem era a mulher, mas me falaram que poderia ser a dona Rosinha Erpen.
Outra coisa. Na frente da Escola ficava o Cemitério Municipal, que anos mais tarde passou para seu atual endereço. Eu tenho fotos do Imaculada antigo e mais tarde publicarei a sua história quase centenária.